Empresa portuguesa tem luz verde para produto à base de canábis

  • ECO
  • 13 Março 2024

O produto é "a primeira preparação portuguesa especialmente formulada para fins medicinais de uma empresa 100% portuguesa".

A Infarmed autorizou a colocação no mercado de um produto farmacêutico à base de canábis para fins medicinais da FAI Therapeutics, unidade de negócio do Grupo Iberfar. Aliás, esta é “a primeira preparação portuguesa especialmente formulada para fins medicinais de uma empresa 100% portuguesa”, avança a empresa num comunicado.

O novo produto trata-se de uma solução oral feita à base do canabinoide CBD, que é uma das 113 substâncias da erva que não cria efeitos psicoativos, tal como o cânhamo.

A solução será vendida em farmácias mediante a apresentação de “receita médica especial que limita o uso aos casos em que os tratamentos convencionais não produzem os efeitos esperados ou provocam efeitos adversos relevantes“.

Neste âmbito, o produto visa atuar sobre a “dor crónica, associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso; espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula; náuseas e vómitos resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C; estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA e síndrome Gilles de la Tourette”, informa a empresa.

A empresa é responsável pela produção de toda a cadeia de valor deste produto, desde a semente até ao cliente, de acordo com a CEO da FAI Therapeutics, Joana Ferraz da Costa, que acredita existirem “condições para entrar em força neste mercado, desde a fase da cultura biológica até à formulação e distribuição final, cobrindo toda a cadeia de valor e obtendo assim um produto com grande qualidade e consistência.” “Conhecendo o rigor da monitorização do Infarmed é com grande satisfação que recebemos esta primeira autorização para uma ACM nossa”, acrescenta.

A empresa pretende ainda disponibilizar produtos à base de THC (tetra-hidrocarbinol, o principal ingrediente psicoativo da canábis) e da associação de THC com CBC “para uma maior flexibilidade de utilização de médicos subscritores no quadro da legislação vigente”. Pretende ir ainda mais longe através de uma futura exportação para o mercado europeu após a introdução do produto no mercado doméstico.

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