Livre pede novas audiências com Marcelo depois da contagem dos votos dos emigrantes

Quanto a uma moção de rejeição a um futuro Governo da AD, Rui Tavares disse que o "Livre não põe a carroça à frente dos bois", uma vez que nada se sabe sobre o Governo ou o seu programa.

O porta-voz do Livre defendeu que o Presidente da República deve receber novamente os partidos após 20 de março, dia em que serão anunciados os resultados dos votos do círculo da emigração. Rui Tavares considera que face ao atual resultado das eleições legislativas – que coloca a Aliança Democrática (PSD, CDS e PPM) à frente do PS por uma margem pequena – o voto dos emigrantes ainda tem o potencial de alterar o resultado final.

“Os votos das nossas comunidades ainda têm matematicamente um peso de alterar o resultado eleitoral. No nosso entender, devem-se fazer novas audiências depois dos resultados finais“, disse o porta-voz, esta quarta-feira, após a reunião no Palácio de Belém com Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Tavares não foi o primeiro a tecer críticas sobre o contexto em que Marcelo Rebelo de Sousa está a realizar as audiências. Esta segunda-feira, após a reunião com o Presidente no Palácio de Belém, Inês Sousa Real “lamentou” estas reuniões –que deverão decorrer todos os dias até 20 de março –, face ao “potencial impacto técnico entre o PS e PSD naquilo que poderá ser a expressão do resultado final das eleições”.

Questionado sobre se votará a favor de uma eventual moção de rejeição a um futuro governo da AD, proposto pelo PCP, Rui Tavares não se comprometeu com nenhum sentido de voto por considerar que ainda há vários aspetos por clarificar.

O Livre não põe a carroça à frente dos bois. Não sabemos que Governo nem que programa vamos ter. A indigitação do primeiro-ministro está dependente dos votos da emigração”, reiterou Rui Tavares, acrescentando que só depois de ver estas questões esclarecidas é que avaliará a moção de rejeição “entre os órgãos próprios”.

Esta quarta-feira, após a reunião de apresentação das conclusões do Comité Central, Paulo Raimundo admitiu que o PCP irá apresentar uma moção de rejeição ao Governo da AD.É um sinal político que queremos dar”, disse, detalhando que o partido usará “todos os meios ao seu dispor para o combate da direita”, sendo um desses a moção de rejeição”.

“Face à previsível formação do Governo pelo PSD e para lá das discordâncias de outros, o PCP reafirma, em coerência com o que sempre afirmou, que dará, desde o primeiro minuto, combate à política de direita e aos projetos reacionários que se procuram afirmar e vai fazê-lo utilizando todos os meios ao seu dispor para este combate. Não será pelo PCP que o projeto de direita será implementado no nosso país”, declarou.

Notícia atualizada às 19h15

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Livre pede novas audiências com Marcelo depois da contagem dos votos dos emigrantes

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião