Trabalhadores da Autoeuropa começam a votar pré-acordo com aumentos de 6,8% em 2024
Pré-acordo promove "um dos aumentos salariais mais altos na história" da fábrica de Palmela, segundo a administração, de 6,8% já em 2024.
Cerca de 5.000 trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa votam esta terça e quarta-feira um novo pré-acordo laboral válido por três anos, que garante um aumento salarial de 6,8% em 2024, e de 2,6%, ou 0,6 acima da inflação, em 2025 e 2026. A aprovação não está garantida.
O pré-acordo alcançado entre a Comissão de Trabalhadores (CT) e a administração da fábrica de automóveis, além dos aumentos percentuais previstos no salário base, no subsídio de turno e no trabalho ao fim de semana, assegura também um prémio de objetivos anual que poderá proporcionar, em média, mais de 2.500 euros a cada trabalhador
Prevê ainda um prémio único a atribuir em 2025, que também deverá ser equivalente a um mês de salário, pelo lançamento do novo modelo hibrido T-Roc, que será produzido a partir do próximo ano na fábrica da Volkswagen, em Palmela, no distrito de Setúbal.
Em comunicado interno divulgado esta terça-feira, a CT lembra que os aumentos previstos, sempre acima da inflação média do ano anterior, salvaguardam o poder de compra dos trabalhadores da Autoeuropa, face a qualquer fator interno ou externo, e que “só foram possíveis num acordo a três anos”.
A CT refere ainda que, em 2024, o pré-acordo garante um aumento mínimo de 100 euros nos salários mais baixos e, em 2025 e 2026, um aumento mínimo de 50 euros (em cada ano), o que significa que, até janeiro de 2026, os trabalhadores que ganham menos terão um aumento de, pelo menos, 200 euros, só no salário base, valor que poderá ser mais elevado em função de uma eventual subida da taxa de inflação.
Também em comunicação interna dirigida aos trabalhadores, o diretor geral da Autoeuropa, Thomas Hegel Gunther, salienta que o pré-acordo, a ser aprovado, garante “um dos aumentos salariais mais altos na história da Volkswagen Autoeuropa”, mas também “dificulta a situação financeira e aumenta o custo de fábrica”, em tempos desafiantes para a indústria automóvel europeia.
Thomas Hegel Gunther lembra ainda aos trabalhadores que o “custo de produção da fábrica é crucial para a empresa ganhar mais um carro” e pede para refletirem sobre a importância da estabilidade que o pré-acordo laboral poderá proporcionar à empresa.
Os resultados da votação do pré-acordo laboral da Autoeuropa deverão ser conhecidos ao final da tarde de quarta-feira. A Volkswagen Autoeuropa, um dos maiores exportadores nacionais, produziu o ano passado um total de 220.100 automóveis T-Roc, único modelo em produção na fábrica de Palmela.
No entanto, na semana passada, o Público noticiou que a aprovação não está garantida, porque a primeira proposta de acordo laboral não agradou aos trabalhadores.
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