42% dos portugueses dispostos a sacrificar seguros de saúde e de vida para poderem pagar contas, revela estudo
Estudo da Intrum mostra que no caso de terem de escolher as contas que serão pagas, 55% dos inquiridos cortariam a da Internet e 42% as dos seguros de saúde ou de vida.
A Intrum, empresa de serviços de gestão de crédito, revela no seu mais recente estudo, ‘Pulse Report: ECPR 2024’ que 42% dos inquiridos portugueses estão dispostos a sacrificar o seu seguro de saúde ou de vida, deixando de o pagar, de forma a manter-se dentro do seu orçamento.
O estudo, publicado por ocasião do Dia Mundial da Saúde, foi realizado entre 2 e 25 de janeiro de 2024 em 20 países europeus num universo de 20.000 consumidores, ou 1.000 por país.
A maioria dos consumidores espera conseguir passar por 2024 sem deixar de pagar as suas contas, segundo o estudo. No entanto, uma minoria reduzida, mas significativa, está preocupada que algumas das suas contas tenham que ficar por pagar: 6% dos portugueses esperam ter que saltar um ou mais pagamentos este ano.
Já na Dinamarca e Suíça, quase um quinto dos consumidores (18%) encontram-se nesta posição, demonstrando que países ricos também enfrentam dificuldades com o aumento do custo de vida. A média europeia situa-se nos 11%.
“Perante a situação de o dinheiro não chegar para pagar todas as contas, e existindo a necessidade de escolher aquelas que serão pagas, a conta pessoal de Internet ou Banda Larga (55%) e os Seguros de Saúde ou de Vida (42%) são consideradas despesas com potencial a serem cortadas”, conclui o estudo.
O inquérito da Intrum analisou ainda a forma como os consumidores priorizam certos compromissos em relação a outros. “Os pagamentos de ginásios tendem a ser os primeiros a sofrer cortes, com 80% dos consumidores portugueses a afirmarem que deixariam de fazê-lo para aliviar a pressão financeira“, explica, adiantando que os serviços de subscrição também parecem vulneráveis, com 79% dos inquiridos a considerá-los gastos que potencialmente escolheriam sacrificar.
Um número significativo de consumidores também admite poder deixar de pagar algumas contas, onde as consequências poderiam ser mais graves. Quase metade dos inquiridos portugueses (49%) afirmam que o pagamento de prestações de um artigo de alto valor, como um carro ou eletrodomésticos, estaria entre as principais contas que deixariam de pagar se necessário.
O estudo revelou ainda que 37% dos inquiridos considera que, nos últimos 12 meses, a sua saúde mental foi afetada devido a preocupações com finanças pessoais e respetiva capacidade de pagar as contas, valor em linha com a média europeia de 38%.
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