Ataques na London Bridge e Borough Market fazem sete mortos e 48 feridos

Uma carrinha atropelou peões na London Bridge. Também há relatos de pessoas esfaqueadas. Polícia classifica ocorrências na ponte e no Borough Market como "incidentes terroristas".

Polícias na London Bridge, no coração de Londres, onde uma carrinha branca atropelou várias pessoas.

O ataque ocorrido na noite de sábado na London Bridge e no Borough Market, em Londres, resultou na morte de sete pessoas e, pelo menos, 48 feridos, segundo as informações adiantadas pela comissária da Polícia Metropolitana de Londres. Três suspeitos foram abatidos pela polícia, que classifica as ocorrências de “atos terroristas”.

Segundo o relato da BBC, o ataque foi levado a cabo pelos ocupantes de uma carrinha branca. Os atacantes subiram o passeio na London Bridge e atropelaram vários peões que lá se encontravam. Depois, conduziram em direção ao Borough Market, saíram da carrinha e esfaquearam várias pessoas. Testemunhas presentes no local relatam que os atacantes procuraram sobretudo pessoas presentes em pubs. Uma outra testemunha refere que os atacantes gritavam “Isto é por Alá”.

A polícia afirma, para já, que houve três atacantes envolvidos — já abatidos. Contudo, Cressida Dick, a comissária da polícia londrina, ressalva que ainda é preciso garantir que não houve mais ninguém envolvido neste ataque. “Temos de ter a certeza absoluta disso”, sublinhou.

Este incidente no coração de Londres acontece a poucos dias das eleições britânicas, que vão realizar-se na próxima quinta-feira. Theresa May revelou que “o terrível incidente” em Londres está a ser tratado como “um potencial ato de terrorismo”. A primeira-ministra britânica avançou ainda que convocou para este domingo de manhã o comité de emergência do Governo, designado COBRA.

Segundo a Reuters e a BBC, vários carros da polícia e ambulâncias estão no local e, para além da London Bridge, também a vizinha Southwark Bridge foi encerrada.

A polícia anunciou, através de uma mensagem no Twitter, que as duas ocorrências “na London Bridge e no Borough Market foram declaradas como incidentes terroristas”. Já o incidente que ocorreu na zona de Vauxhall, um esfaqueamento, não está relacionado com os acontecimentos na ponte e no mercado londrino.

Uma repórter da BBC estava na London Bridge na altura dos atropelamentos e relatou que a carrinha branca “estaria a viajar a cerca de 50 milhas por hora”, o que corresponde a cerca de 80 quilómetros por hora.

Ele desviou mesma à minha frente e atingiu cinco ou seis pessoas”, relatou a repórter Holly Jones à estação de televisão.

Segundo o mesmo relato, algumas das pessoas no local do acidente também terão sido esfaqueadas (alegadamente por terroristas que saíram da carrinha) e a Polícia dos Transportes em Londres fala num caso “envolvendo um veículo e uma faca na London Bridge”. A agência Reuters também refere relatos de testemunhas que dão conta de pelo menos três pessoas com ferimentos provocados por uma faca, possivelmente no pescoço.

Dois polícias a patrulhar a London Bridge depois do incidente terrorista que envolveu uma carrinha branca.

Recorde-se que, no passado dia 22 de maio, um bombista suicida matou 22 pessoas num concerto da cantora norte-americana Ariana Grande em Manchester, naquele que foi o pior ataque terrorista em Inglaterra desde julho de 2005, quando quatro bombistas suicidas mataram 52 pessoas num ataque coordenado na rede de transportes de Londres.

O ataque no Borough Market, um mercado perto da London Bridge, também está relacionado com um ato terrorista. A BBC chegou a noticiar que a Scotland Yard estava a responder a um terceiro incidente em Vauxhall, no sul de Londres, mas a polícia já veio dizer que se tratava de um esfaqueamento sem relação com os atos terroristas da London Bridge e do Borough Market.

Várias estações de Metro junto da zona do incidente também já foram encerradas. No Borough Market, um jornalista do Daily Telegraph veio anunciar, através de uma mensagem no Twitter, que ouviu “três explosões no espaço de cinco minutos”. Entretanto, as autoridades policiais já vieram anunciar a ocorrência de explosões controladas feitas pela própria polícia.

 

As autoridades vão deixando avisos à população através das redes sociais.

Do outro lado do Atlântico, o Departamento de Estado norte-americano está a acompanhar de perto a situação em Londres e o presidente Donald Trump deixou mensagens no Twitter, uma delas a insistir na sua proposta de bloqueio à entrada de imigrantes de alguns países muçulmanos.

À medida que a noite vai avançando, vão sucedendo reações nas redes sociais ao que está a acontecer na capital do Reino Unido. Ariana Grande, que há menos de duas semanas deu um concerto em Manchester onde morreram 22 pessoas, colocou no Twitter a seguinte mensagem:

Nicola Sturgeon, a primeira-ministra escocesa, também já tweetou:

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, também:

A mensagem de Sadiq Khan, Mayor de Londres que fala de um “ataque cobarde”:

Alex Butler, editor de desporto do jornal The Sunday Times, já partilhou a capa do jornal que vai para as bancas e uma história dramática que aconteceu na London Bridge:

A capa do The Sun também já está disponível:

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