Low cost podem atingir quota de 48% em voos de curta distância até 2030
“Prevemos que estas companhias de baixo custo atinjam uma quota de mercado de 48% nos voos de curta distância até 2030, acima dos 36% em 2015 e dos 40% em 2019”, destacou a consultora.
As companhias aéreas low cost deverão atingir, em 2030, uma quota de 48% nos voos de curta distância, com uma grande parte desta expansão a ocorrer na Europa e Ásia, segundo uma análise da Bain & Company.
Em comunicado, no qual deu conta das suas previsões, no início deste ano, a consultora disse que as companhias aéreas low cost, que registaram “um desempenho um pouco melhor do que as grandes transportadoras durante a pandemia de covid-19, continuam a aumentar a sua quota de mercado”.
“Prevemos que estas companhias de baixo custo atinjam uma quota de mercado de 48% nos voos de curta distância até 2030, acima dos 36% em 2015 e dos 40% em 2019”, destacou, indicando que “grande parte desta expansão acontecerá na Europa e na Ásia, em particular na China e na Índia”.
Segundo a consultora, a “procura de viagens aéreas continua no bom caminho para ultrapassar este ano o total de 2019, medida pela receita de passageiros/quilómetros”, sendo que “as perspetivas para 2030 permanecem relativamente inalteradas face ao trimestre anterior”. No entanto, ressalvou, “vários fatores contribuíram para alterações significativas nas previsões para regiões e países específicos”.
Assim, “o desempenho mais fraco do que o esperado no trimestre anterior e uma queda nas previsões macroeconómicas reduziram as perspetivas de procura até 2030 para viagens intrarregionais na América do Norte em mais de dois pontos percentuais (p.p.)”. Já “as perspetivas de procura intrarregional da Europa aumentaram mais de cinco p.p., o equivalente a 5 mil milhões de dólares [4,6 mil milhões de euros] em receitas”, destacou.
Para a consultora, “o impacto das iniciativas de descarbonização também é notável”, prevendo que “o crescimento das viagens intraeuropeias a partir dos países nórdicos entre 2019 e 2030 diminua consideravelmente devido ao aumento dos custos associados aos compromissos desses países no que respeita aos combustíveis para a aviação sustentáveis”.
Na sua análise, a Bain & Company diz que a Suécia “poderá inclusive assistir a um declínio no volume total anual de passageiros”. Pelo contrário, a consultora continua “a antecipar um crescimento significativo da procura intrarregional na Ásia, um aumento de 59% entre 2019 e 2030”.
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