Prejuízos da gestora do Alqueva quadruplicaram para 40 milhões em 2023
Os resultados da EDIA foram quatro vezes mais em 2023 que no ano anterior. Aumento do preço da energia e reparações na rede pesaram nas contas da gestora do Alqueva.
A empresa pública EDIA teve um prejuízo de 40,037 milhões de euros em 2023, quase quatro vezes mais que no ano anterior (10,53 milhões). Segundo as contas da gestora do Alqueva, publicadas no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o preço da eletricidade, assim como mudanças no contrato de concessão da rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva contribuíram para os resultados negativos da empresa.
“Se em 2021 o preço médio da energia ativa suportado pela empresa era de 47,6 EUR/MWh, em 2022 passou para 136,2 EUR/MWh e 2023 ainda aumentou para 196 EUR/MWh”, refere José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração da EDIA, no relatório e contas, que reconhece que o resultado líquido “agravou substancialmente”.
O volume de negócios da empresa subiu 12% no ano passado, para 43,408 milhões, mas as despesas com os “fornecimentos e serviços externo subiram 25%”, para 50 milhões de euros, devido “essencialmente devido à elevada quantidade de eletricidade consumida (237 GWh)”, continua Salema.
A pesar nas contas da EDIA esteve ainda “o contrato de concessão da rede secundária do EFMA [Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva], conferindo à empresa os direitos e obrigações de exploração destas infraestruturas por um prazo de 20 anos”. O prazo da concessão era de sete anos. A mudança resultou num aumento de 22 de milhões de euros da provisão.
A empresa, cujo acionista é a Direção-Geral Tesouro e Finanças, contratou mais 12 trabalhadores em 2023, “maioritariamente com funções na área da exploração do empreendimento”, para um total de 191. No entanto, a EDIA antecipa “reforços adicionais” dado o “aumento da área regada”.
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