Turismo cresce mais de 7% no primeiro trimestre à boleia dos estrangeiros

O número de hóspedes registou um crescimento homólogo de 7,7% no primeiro trimestre, enquanto o número de dormidas aumentou 7,1%.

O setor do turismo continua a mostrar sinais de grande vitalidade. Só no primeiro trimestre deste ano, o número de hóspedes superou os 5,55 milhões, mais de 7,7% face a igual período do ano passado, com particular enfoque para os turistas estrangeiros, que cresceram, em termos homólogos, 10,6% entre janeiro e março deste ano – os turistas nacionais cresceram 3,9%.

O mesmo crescimento foi registado nas dormidas, com o número de noites passadas no primeiro trimestre pelos turistas em hotéis e estabelecimentos comparáveis a superar as 13,4 mil noites, que se traduziu num crescimento homólogo de 7,1%.

“Estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março e abril, enquanto no ano anterior se concentrou apenas em abril”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) num comunicado divulgado esta segunda-feira.

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Entre os turistas estrangeiros, o INE destaca que entre os 10 mercados com maior número de dormidas, estiveram os mercados canadianos (com um crescimento homólogo de 24,2%), o polaco (+22,7%) e o norte-americano (+18,1%). No canto oposto estiveram os mercados francês e brasileiro, ao contabilizarem uma correção homóloga de 8,3% e 4,5%, respetivamente.

Os dados do INE mostram ainda que o número de hóspedes entre janeiro e março aumentou em todas as regiões, com exceção da Região Autónoma da Madeira, onde se registou uma ligeira contração homóloga de 0,4% de turistas.

O Oeste e Vale do Tejo foi destacadamente a região com o maior aumento da procura procurada no primeiro trimestre, tanto por parte de turistas nacionais como de estrangeiros: segundo o INE, o com o número de hóspedes residentes em Portugal a aumentou 12,9% (face a um crescimento nacional de 3,9%) e os turistas não residentes aumentaram 29% (mais do dobro da média nacional).

Os números do INE revelam ainda que a taxa líquida de ocupação por cama aumentou em termos globais 0,5 pontos percentuais, passando de 35,1% no primeiro trimestre de 2023 para 35,6% no primeiro trimestre de 2024; e com apenas as regiões da Grande Lisboa e da Península de Setúbal a registaram uma queda.

Já a taxa líquida nacional de ocupação por quarto registou uma queda de 0,1 pontos percentuais, passando de 44,5% para 44,4% este ano. A pressionar este indicador estiveram as regiões da Grande Lisboa (que baixou de 60,1% para 59%), a Península de Setúbal (que caiu de 43,9% para 42,7%) e as regiões autónomas dos Açores (que corrigiu de 36,1% para 35,2%) e da Madeira (que passou de 68,4% para 67,3%).

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