Nova exoneração. Governo demite diretor nacional da PSP
Luís Carrilho irá substituir José Barros Correia, que estava no cargo desde setembro de 2023. Decisão foi de "exclusiva iniciativa" da ministra, indica o até agora diretor nacional da PSP.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, decidiu substituir o diretor nacional da PSP, cargo ocupado por José Barros Correia desde setembro do ano passado. Luís Carrilho, que até agora era comandante da Força Especial de Polícia, será o sucessor, segundo um comunicado do Ministério da Administração Interna enviado às redações esta segunda-feira.
“Esta decisão de indigitação surge no âmbito da reestruturação operacional da Polícia de Segurança Pública, quer no plano nacional, quer no plano da representação institucional e internacional desta força de segurança pública“, refere o gabinete da ministra. “O Governo agradece ao diretor nacional cessante, José Barros Correia a elevação institucional, o profissionalismo e a entrega abnegada à missão de serviço público que desenvolveu”, lê-se no comunicado.
Numa nota interna, enviada entretanto a todos os polícias da PSP e citada pela RTP, José Barros Correia indica que a decisão foi de “exclusiva iniciativa” da ministra. O até agora diretor nacional da PSP acrescenta também que vai passar à situação de pré-aposentação depois de “cerca de 40 anos de dedicação à Polícia de Segurança Pública, à segurança dos nossos cidadãos e a Portugal”.
Esta é a segunda exoneração no espaço de uma semana, depois da demissão de Ana Jorge de provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Em reação, Luís Montenegro recusou qualquer “saneamento político” do novo Governo. Dias antes o CEO do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, apresentou a demissão do cargo – tal como os membros da sua equipa – por um diferendo com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
Luís Carrilho, o novo diretor nacional da PSP, foi Conselheiro de Polícia das Nações Unidas (UNPOL) e Diretor da Divisão de Polícia no Departamento de Operações de Paz da ONU em 2017. Esteve depois como Chefe do Serviço de Segurança da Presidência da República entre outubro de 2022 e outubro de 2023. Antes da nomeação, conhecida esta segunda-feira, Luís Carrilho era superintendente e Comandante da Unidade Especial da PSP.
Aos 58 anos, Luís Carrilho é licenciado pela Escola Superior de Polícia e tem uma pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
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