Marsh: Adaptação às alterações climáticas passa pelo apoio dos seguros
Uma das principais conclusões do evento foi o papel central do setor segurador no apoio à transição das empresas para a sustentabilidade.
O Grupo Marsh McLennan promoveu o evento Sustainability and FI’s: Challenges and Opportunities que se realizou esta semana em Lisboa e uma das suas principais conclusões foi a que o setor segurador e o da banca têm um papel central no apoio e aconselhamento às organizações na resposta aos desafios da sustentabilidade.
O evento reuniu na capital portuguesa especialistas nacionais e internacionais e líderes empresariais para debater o estado e as tendências da sustentabilidade.
Nesse sentido, as empresas nacionais reconheceram que ainda que as ações de sustentabilidade e planos de ação para cumprir estabelecidos pelos reguladores estejam no seu ‘radar’, confessam que ainda têm um longo caminho pela frente, que importa começar a traçar e intensificar progressivamente o seu ritmo de implementação.
No debate sobre o panorama da sustentabilidade na economia nacional destacou-se que as principais tendências ESG, sigla que remete para ambiente (E de environment em inglês), social (S) e governança (G) para as instituições financeiras.
Estas são a redução de emissão de gases efeito estufa, adaptação e resiliência às alterações climáticas, biodiversidade e água, no âmbito do ambiente; força de trabalho e diversidade, gestão de segurança, engagement com o cliente, comunidades na área do social; e governação corporativa, código de ética, compliance, remuneração de executivos.
Esta discussão de ideais contou com a participação de James Davies, Co- Head Climate Sustainability, Europe and Partner Financial Services da Oliver Wyman, e por Amy Barnes, Head of Climate & Sustainability Strategy da Marsh.
A transição para uma economia de baixo carbono requer um aumento significativo do investimento em tecnologias como bateriais, na produção em escala de hidrogénio e biocombustiveis, por exemplo, o que também acaba por criar oportunidades de negócio, foi outras das conclusões retiradas do debate.
Os especialistas internacionais da Marsh McLennan salientaram a importância da compreensão dos riscos, ponderar o retorno do investimento de intervenção no âmbito da adaptação e mitigação dos riscos e disponibilizar seguros para proteger pessoas, bens serviços, recursos e infrastruturas face a perdas provocadas por desastres climáticos.
A conferência contou ainda com duas mesas redondas uma dedicada ao setor da banca e outro dos seguros. A dedicada ao setor segurador contou com a participação da a participação de Paula Guerra, Administradora da EDP Global Solutions, João Barata, Administrador da Generali, e Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, com moderação de Rodrigo Simões de Almeida, CEO da Marsh McLennan Portugal.
Para Rodrigo Simões de Almeida, CEO da Marsh McLennan Portugal, “este primeiro evento Marsh McLennan que fizemos em Portugal, que reuniu especialistas da Marsh, Mercer, Oliver Wyman e Guy Carpenter a um leque de convidados de alto nível, constituiu um debate muito interessante e com valor sobre um tema incontornável para todas as organizações e para a nossa economia. Já não basta dizer que a sustentabilidade é uma prioridade; é mesmo essencial passar de ambições para ações concretas em todos os pilares (Ambiental, Social, e Governo), para uma estratégia devidamente alicerçada e que contemple riscos, oportunidades e desafios de diferente natureza. As instituições financeiras têm um papel central nesta temática e acredito que esta sessão contribuiu para deixar claro que o caminho para sustentabilidade passa por um espírito colaborativo entre organizações e especialistas na área da banca e seguros”.
O encerramento contou com uma reflexão de Paulo Portas sobre a sustentabilidade.
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