PS disponível para dialogar e construir alternativa na Madeira
Resultados "demonstram que é possível uma mudança de governo" na região, diz cabeça-de-lista dos socialistas às eleições antecipadas. Pedro Nuno Santos realça que governa “quem tiver maioria”.
No rescaldo das eleições antecipadas na Madeira, que deram a vitória sem maioria absoluta a Miguel Albuquerque, o líder do PS no arquipélago, Paulo Cafôfo, considerou que os resultados eleitorais evidenciam que é possível uma mudança de governo na região, dizendo estar disponível a dialogar para construir uma alternativa.
“Estes resultados demonstram que é possível uma mudança de Governo na Região Autónoma da Madeira“, disse, na noite de domingo, o também cabeça de lista do PS nas eleições regionais antecipadas.
O PSD foi o partido mais votado, mas ficou a cinco mandatos da maioria absoluta, elegendo 19 deputados, enquanto o PS foi o segundo mais votado, mantendo os 11 parlamentares que tinha na Assembleia Legislativa da Madeira.
“O PS e o JPP — que aumentou o seu grupo parlamentar de cinco para nove — juntos elegem mais deputados que o PSD“, assinalou Paulo Cafôfo, para quem “o PSD teve nestas eleições o seu pior resultado”.
“Governa quem consegue ter uma maioria”, diz Pedro Nuno Santos
Também em reação aos resultados eleitorais ainda no domingo à noite, o secretário-geral dos socialistas rejeitou imiscuir-se em qualquer decisão sobre eventuais alianças do partido na Madeira, considerando que “governa quem consegue ter uma maioria” e que à direita “é confusão” agora também na região autónoma.
Falando a partir da sede do PS em Lisboa, Pedro Nuno Santos notou que, apesar da vitória sem maioria absoluta, “o PSD tem o seu pior resultado de sempre”. O PS, que ficou em segundo lugar com o mesmo número de deputados das últimas eleições, “continua a ser uma força política incontornável” naquela região, acrescentou.
Questionado sobre as declarações do líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, de que os socialistas estão disponíveis para dialogar e construir alternativas de Governo ao PSD, Pedro Nuno Santos recusou imiscuir-se nesta questão e sublinhou o respeito pela autonomia regional.
“Nunca é bom estarmos sistemicamente em eleições, mas tem de haver estabilidade. Governa quem consegue ter maioria”, respondeu, escusando-se a fazer qualquer juízo sobre eventuais coligações do PS para governar. Segundo o líder do PS, “à direita é confusão no plano nacional e também na Madeira”.
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, depois do PSD e do PS, seguiram-se o JPP, com nove deputados eleitos, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.
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