Sem mãos a medir, AIMA vai perder em breve cerca de 100 funcionários
Escassez de recursos humanos no organismo que sucedeu ao SEF vem a agravar-se desde que entrou iniciou funções. Assiste agora à saída de uma centena de trabalhadores, que pediram transferência.
Desde que entrou em funcionamento, no final de outubro do ano passado, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) tem enfrentado um problema de falta de recursos humanos, que se tem agravado ao longo dos meses. Essa escassez de pessoas vai piorar em breve com a saída de cerca de 100 funcionários, que pediram transferência para outros serviços do Estado, noticia o Expresso esta sexta-feira.
Segundo o relatório sobre a Recuperação das Pendências do SEF, elaborado pela AIMA este mês, e ao qual o semanário teve acesso, este novo organismo tinha 174 funcionários em outubro. A partir daí, assistiu-se a uma “redução líquida do total de efetivos, devido à saída de vários trabalhadores, não compensada com as entradas entretanto ocorridas”. Segundo o Expresso, muitos funcionários pediram logo transferência, mas a AIMA travou-os, só que repetiram o pedido e a transferência não pode ser recusada uma segunda vez.
Ao défice de recursos acresce, segundo o documento, a existência de pelo menos 459.384 processos em curso a 29 de outubro de 2023 — um número que atualmente peca por defeito. A maioria (344.619) diz respeito a processos de legalização através de manifestações de interesse (para imigrantes que já se encontram em Portugal, sem necessidade de entrada legal no território), mas havia ainda mais de 3.200 processos de proteção humanitária (327 dos quais a menores), 4.000 pedidos de asilo e quase 15 mil relativos à obtenção de nacionalidade.
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