Pedro Nuno festeja primeira vitória eleitoral: “PS é hoje a primeira força política em Portugal”
O secretário-geral do PS considerou que a eleição de oito eurodeputados evidencia a confiança dos portugueses no partido e a rejeição da "arrogância" ao Governo de Montenegro.
“O PS venceu estas eleições e é hoje a primeira força política em Portugal“. Foi desta forma que Pedro Nuno Santos começou o seu discurso de vitória às eleições europeias, que permitiram ao PS eleger oito eurodeputados, menos um dos que em 2019, para a próxima legislatura no Parlamento Europeu.
Para o secretário-geral do PS, que discursava no hotel Altis, este domingo, esta vitória, embora tivesse sido alcançada com margem pequena (cerca de 40 mil votos de diferença da Aliança Democrática), permite fazer uma leitura nacional clara sobre a governação levada a cabo por Luís Montenegro. “Esta foi a resposta que os portugueses deram à forma como o Governo quis estar nesta campanha“, disse o líder socialista, acusando o Executivo de ter estado “envolvido de forma intensa” na campanha eleitoral.
“A estratégia de ter um Governo que ignora a oposição e governa por decreto foi chumbada nestas eleições”, acusou Pedro Nuno Santos, sublinhando que os portugueses rejeitaram “a arrogância” promovida pelo Executivo de Luís Montenegro. “Esta vitória do PS e a derrota da AD não é irrelevante no plano nacional. O Governo nacionalizou esta eleição“, atirou.
O líder do PS realçou que “esta vitória é conseguida três meses depois das legislativas” e é “impactante” por ser contra um Governo que embora ainda não apresente sinais de “desgaste”, ainda “não parou de fazer anúncios”, sem quantificar as medidas que apresenta, a nível orçamental, nem se comprometer com prazos. “É neste quadro e condições que o PS ganha as eleições”, reiterou Pedro Nuno Santos que festeja, desta forma, a sua primeira vitória enquanto secretário-geral do partido desde de que assumiu funções.
Ainda na leitura desta vitória a nível nacional, Pedro Nuno salientou que os resultados permitiram evidenciar outro aspeto: “A extrema-direita em Portugal baixou“, disse, referindo-se ao Chega. O partido de André Ventura conseguiu eleger apenas dois eurodeputados (tal como o Iniciativa Liberal), um resultado que ficou longe da ambição do partido que pretendia assegurar, pelo menos, quatro eurodeputados no Parlamento Europeu, quando não tinha nenhum.
“Ficamos contentes por ver o Chega a reduzir. Quando se dizia que o partido vinha para ficar, aí vêm as Europeias para nos provar que não é assim”, disse, rejeitando as acusações provenientes da sede da Aliança Democrática: “A tentativa de colagem do PS ao Chega é absurda”, garantiu Pedro Nuno Santos. “É o partido que combatemos“, garantiu, sublinhando que o PS está focado em ser o sinal de estabilidade no país e que continuará a levar a cabo uma renovação de quadros e de propostas, lançando estados gerais nos próximos meses, para “construir uma alternativa”.
“O PS não vai fazer corpo presente no Parlamento“, disse em resposta à questão sobre se irá condicionar o Governo com a aprovação, ou chumbo, do Orçamento do Estado. “Essa pergunta tem de deixar de ser feita ao PS, têm de perguntar à AD”, sublinhou.
Não contem connosco para instabilidade politica, mas sim com franqueza. Somos um partido da estabilidade e não deixamos de ser com esta eleição.
“Portugueses confiam no PS”, diz Marta Temido
A cabeça de lista do PS considerou que os resultados eleitorais permitiram evidenciar que “os portugueses confiaram no projeto da Europa” que o partido defende, mas sobretudo, “voltaram a mostrar que [os portugueses] confiam no PS”, afirmou durante o seu discurso de vitória.
Reiterando que estas eleições foram “as mais importantes” de sempre, face à guerra na Ucrânia é “ao crescimento de quem quer destruir por dentro”, Marta Temido sublinha que o resultado desta noite é “muito importante” porque demonstra a “confiança dos portugueses no projeto europeu” e promove uma “redução da extrema-direita em Portugal”, diz, “apesar de não poder deixar de assinalar o seu crescimento” no resto da Europa.
“O PS conseguiu mais votos do que nas últimas europeias”, regista. “Obrigada por darem força à Europa solidária que queremos e defendemos”, disse, registando, também, que os portugueses “votaram massivamente em projetos políticos europeístas”.
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