Taxa de poupança das famílias sobe para 8% e renova máximos de quase dois anos

O aumento de 2,6% do rendimento disponível bruto das famílias elevou a taxa de poupança para o nível mais elevado desde o segundo trimestre de 2022.

As condições financeiras das famílias continuam a dar sinais de melhoria, revelam os dados referentes ao primeiro trimestre divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Isso é visível pelo aumento de 2,6% do rendimento disponível bruto (RDB) entre janeiro e março deste ano face ao último trimestre de 2024, “verificando-se crescimentos de 2,2% e 1,4% das remunerações e do Valor Acrescentado Bruto (VAB), respetivamente”, refere o INE em comunicado.

Esse quadro é também visível por um novo crescimento da taxa de poupança que, depois de ter aumentado 6,6% no último trimestre de 2024, voltou a crescer para 8% no primeiro trimestre deste ano, renovando assim máximos alcançados no segundo trimestre de 2022.

“A despesa de consumo final cresceu 1,1% (1,2% no trimestre anterior), determinando o aumento da taxa de poupança para 8,0% (6,6% no trimestre anterior), o que conduziu a uma capacidade de financiamento de 2,2% do PIB (1,2% do PIB no trimestre anterior)”, destaca o comunicado do INE, sublinhando ainda que, “no primeiro trimestre, a poupança das famílias cresceu 24,6%.”

Os dados do INE revelam também que a capacidade de financiamento das famílias aumentou para 2,2% do PIB, um crescimento de um ponto percentual relativamente ao trimestre anterior. Este dado reflete a melhoria da saúde financeira das famílias, que no primeiro trimestre deste ano apresentaram mais resiliência económica.

O relatório do INE não só sublinha a importância do aumento da poupança, mas também fornece uma visão sobre as tendências de consumo e investimento notando, por exemplo, que, em termos reais, o rendimento disponível ajustado per capita cresceu 1,5% no primeiro trimestre de 2024, indicando uma melhoria no poder de compra das famílias. “Em termos reais, o RDB ajustado per capita das Famílias cresceu 1,5% no primeiro trimestre de 2024 (0,5% no trimestre anterior)”, desta o INE.

Os números do INE espelham que, apesar dos desafios, a economia portuguesa está a mostrar sinais de recuperação e resiliência, estando a ser impulsionada pelo comportamento prudente e estratégico das famílias relativamente à poupança e ao investimento.

(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)

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