#13 A prova de aferição Geórgia, o TPC de Portugal e a rotação no 11

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Uma prova de aferição não conta para a nota, mas não deixa de ser um teste. Tal como não deixa de ser importante. Já com a qualificação garantida em primeiro lugar, Portugal vai enfrentar a Geórgia, que ainda luta pela passagem, na terceira e última jornada do Grupo F às 21h00 no Veltins-Arena, em Gelsenkirchen. Sem grandes preocupações, o tema de conversa é sobretudo o 11 inicial de Roberto Martínez, a gestão de titulares e a rotação do plantel. Faz sentido uma rotação total ou parcial, para não descuidar certas dinâmicas? Devem Cristiano Ronaldo e Pepe jogar ou descansar? Se há jogo para consolidar e até mesmo testar certas relações/aspetos táticos é este pelo contexto mencionado.

Quatro cantos

O TPC de Portugal

Depois do Portugal x Turquia na segunda jornada, Roberto Martínez disse em conferência de imprensa que as transições não foram tão bem geridas na segunda parte. A Seleção Nacional vencia por 3-0 e continuava a lançar na profundidade, em vez de conservar a bola, energia e controlar tranquilamente a partida. Por isso, definir bem os ritmos de jogo (e timings) é um dos aspetos que podem ter sido trabalhados.

Como o TPC costuma ter mais alíneas e a evolução é um processo contínuo, é importante também estar atento ao corredor direito. Houve melhoria desde o jogo com a Chéquia e agora Roberto Martínez pode testar uma nova combinação, com Nélson Semedo a lateral depois de já ter utilizado Diogo Dalot e João Cancelo. Frente à Turquia, a pressão alta também deu sinais de melhoria, tal como o comportamento defensivo (impacto de João Palhinha e exibição imperial de Pepe). Fundamental continuar a trabalhar na construção, chegada ao último terço e procura de soluções criativas e eficazes, no sentido de criar grandes oportunidades. Dá também confiança à equipa e aos adeptos, em caso de resultado positivo.

Rotação “total” ou “parcial”?

Uma vez que Portugal já está apurado e logo em primeiro lugar, Roberto Martínez certamente irá fazer mudanças. No entanto, essa é uma gestão importante e não pode ser simplesmente atirar a “equipa B” para dentro de campo. Há que ter um plano estruturado e fazer sentido entre descansar peças-chave, dar minutos aos que não têm, testar novas ideias/relações entre jogadores e olear dinâmicas. Não podemos esquecer que o Euro é um campeonato de curta duração e não há tantos jogos, pelo que descurar uma consolidação de rotinas mais importantes (com jogadores normalmente titulares) pode sair caro no futuro.

Portanto, o ideal seria uma rotação parcial e ir fazendo as trocas necessárias, mais numa de melhoria de equipa do que vencer o jogo. No entanto, também é importante pensar na vitória, nem que seja para manter confiança. Perder e mesmo empatar não seria muito positivo.

Vamos ao que interessa: qual o 11 de Portugal?

Se nos últimos jogos adivinhar o onze inicial de Portugal já foi tarefa difícil agora subiu de patamar. Não se sabe ao certo o que vai na cabeça de Roberto Martínez, os seus principais objetivos e quem mais quer ver. No entanto, não é crime nenhum analisar e debater um possível alinhamento, com base no contexto. Diogo Costa e Cristiano Ronaldo já estão garantidos pelo próprio selecionador. Na defesa, pode haver continuidade da linha de quatro, porém mudando os intervenientes para Diogo Dalot (esquerda), António Silva, Rúben Dias e Nélson Semedo (direita). Quanto a médios, João Neves deve ser eleito e ser acompanhado por Danilo Pereira e Bruno Fernandes. E na frente, João Félix e Diogo Jota, além Cristiano Ronaldo.

Reencontro ao fim de 16 anos

Em toda a história, Portugal e a Geórgia só s enfrentaram uma vez e foi um jogo particular no dia 31 de maio de 2008. Lembras-te do resultado? A Seleção Nacional, orientada por Luiz Felipe Scolari, venceu por 2-0 com golos de João Moutinho aos 19 minutos e Simão Sabrosa através de grande penalidade muito perto do intervalo. Pepe e Cristiano Ronaldo foram titulares na partida, que decorreu no Estádio do Fontelo em Viseu.

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