Presidente da APS considera que excesso de regulação não é solução para aplicar IA nos seguros

José Galamba de Oliveira, presidente da APS, acredita que os residentes em Portugal ficarão mais protegidos de catástrofes climáticas se forem estabelecidas parcerias público-privadas.

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, acredita que “o excesso de regulação” da União Europeia “não é a solução” para aplicar inteligência artificial nas operações das seguradoras.

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em entrevista no Fórum Nacional de Seguros 2024.Gonçalo Gomes

Em entrevista ao ECOseguros na 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, José Galamba de Oliveira defende que deve caber a cada empresa a responsabilidade de aplicar ética e corretamente as IA. Até porque a incorreta aplicação pode abalar a sua reputação.

Nesse sentido, o presidente da APS acredita que a aplicação ética das IA está no ADN dos seguros, por ser uma indústria já opera com os dados pessoais dos seus clientes.

APS quer mais incentivos que aumentem poupança para a reforma

José Galamba de Oliveira defende que devem ser implementados incentivos fiscais para aumentar a poupança para a reforma. Para inverter a tendência que se verificou dos produtos de seguro de poupança para a reforma (PPR) que deixaram de ser utilizados pelos clientes como uma fonte de rendimento extra para a reforma.

Intervenção de José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguros (APS), na 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros.Gonçalo Gomes

Este produto começou a ser resgatado mais cedo do que era suposto, impulsionado pelo conjunto de medidas governamentais que “facilitaram o seu resgate mais cedo”, refere o presidente da APS..

O responsável acredita que o novo PPR Europeu (PEPP) é “uma oportunidade”, mas a sua implementação está aquém do que considera necessário.

APS acredita que parcerias público-privadas vão reduzir a lacuna de proteção

O presidente da APS acredita que é através de parcerias público-privadas que se poderá reduzir o número de residentes em Portugal que estão expostos aos riscos climáticos. “Reduzir o gap tem de ser um esforço coordenado entre o público e o privado“, assinala.

Cooperação é também necessária para enfrentar três riscos que aumentam a sua severidade e frequência – nomeadamente relacionados com o clima, alterações climáticas e inteligência artificial – “tem que haver cooperação entre produtores e distribuidores”, refere o presidente da APS.

Entre essas parcerias público-privadas está o Fundo Sísmico, um dos pilares do um mecanismo mais abrangente que inclui outros riscos climáticos. O mecanismo ainda está a ser estudado, mas parte do pressuposto da “obrigatoriedade de cobertura sísmica das habitações em Portugal”.

A APS tem sido um dos agentes que fazer pressão para levar este tema para a agenda política há, pelo menos, 20 anos. “Esta interação entre seguradoras e estado é necessária, falamos disto há 20 anos e já perdemos 20 anos”, afirmou José Galamba de Oliveira.

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