Presidente da APS considera que excesso de regulação não é solução para aplicar IA nos seguros
José Galamba de Oliveira, presidente da APS, acredita que os residentes em Portugal ficarão mais protegidos de catástrofes climáticas se forem estabelecidas parcerias público-privadas.
O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, acredita que “o excesso de regulação” da União Europeia “não é a solução” para aplicar inteligência artificial nas operações das seguradoras.
Em entrevista ao ECOseguros na 3.ª edição do Fórum Nacional de Seguros, José Galamba de Oliveira defende que deve caber a cada empresa a responsabilidade de aplicar ética e corretamente as IA. Até porque a incorreta aplicação pode abalar a sua reputação.
Nesse sentido, o presidente da APS acredita que a aplicação ética das IA está no ADN dos seguros, por ser uma indústria já opera com os dados pessoais dos seus clientes.
APS quer mais incentivos que aumentem poupança para a reforma
José Galamba de Oliveira defende que devem ser implementados incentivos fiscais para aumentar a poupança para a reforma. Para inverter a tendência que se verificou dos produtos de seguro de poupança para a reforma (PPR) que deixaram de ser utilizados pelos clientes como uma fonte de rendimento extra para a reforma.
Este produto começou a ser resgatado mais cedo do que era suposto, impulsionado pelo conjunto de medidas governamentais que “facilitaram o seu resgate mais cedo”, refere o presidente da APS..
O responsável acredita que o novo PPR Europeu (PEPP) é “uma oportunidade”, mas a sua implementação está aquém do que considera necessário.
APS acredita que parcerias público-privadas vão reduzir a lacuna de proteção
O presidente da APS acredita que é através de parcerias público-privadas que se poderá reduzir o número de residentes em Portugal que estão expostos aos riscos climáticos. “Reduzir o gap tem de ser um esforço coordenado entre o público e o privado“, assinala.
Cooperação é também necessária para enfrentar três riscos que aumentam a sua severidade e frequência – nomeadamente relacionados com o clima, alterações climáticas e inteligência artificial – “tem que haver cooperação entre produtores e distribuidores”, refere o presidente da APS.
Entre essas parcerias público-privadas está o Fundo Sísmico, um dos pilares do um mecanismo mais abrangente que inclui outros riscos climáticos. O mecanismo ainda está a ser estudado, mas parte do pressuposto da “obrigatoriedade de cobertura sísmica das habitações em Portugal”.
A APS tem sido um dos agentes que fazer pressão para levar este tema para a agenda política há, pelo menos, 20 anos. “Esta interação entre seguradoras e estado é necessária, falamos disto há 20 anos e já perdemos 20 anos”, afirmou José Galamba de Oliveira.
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