Rocha recusa tirar ilações após chumbo da alteração dos estatutos

  • Lusa
  • 7 Julho 2024

"Não creio que discussões estatutárias tenham qualquer leitura para qualquer dos lados", diz presidente da IL, destacando a derrota da moção da oposição interna.

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, recusou-se hoje a retirar ilações e conclusões sobre a sua liderança e o papel da direção após a proposta de estatutos que apoiava ter sido chumbada no sábado.

“Eu não creio que de uma discussão estatutária haja conclusões a tirar sobre seja lá o que for do ponto de vista da direção, da condução, ou dos pretendentes à condução do partido”, disse hoje Rui Rocha à chegada à VIII Convenção Nacional da IL, que termina hoje em Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro).

Por outro lado, Rui Rocha salientou que a proposta da oposição interna “foi derrotada por uma maioria significativa dos presentes”.

“Não creio que discussões estatutárias tenham qualquer leitura para qualquer dos lados, mas, se tiverem, tem a ver com a derrota de uma moção que foi apresentada e derrotada maioritariamente nesta convenção”, frisou.

Rui Rocha rejeitou também abrir um novo processo de discussão estatutária até ao final do seu mandato, por não acreditar que “haja energia suficiente para os liberais, e também para os senhores jornalistas, acompanharem muitas mais reuniões desta natureza”.

A VIII Convenção Nacional da IL termina hoje, em Santa Maria da Feira, com a votação do programa político e a intervenção do líder, Rui Rocha, um dia depois de falhar o objetivo de aprovar novos estatutos.

No sábado, foi a incapacidade das duas propostas em discussão de alcançar a maioria qualificada de dois terços nas duas votações que fez com que a IL saísse de Santa Maria da Feira com os mesmos estatutos que entrou, após um dia inteiro a apresentar e debater estas duas visões.

Em votação estavam a proposta do Conselho Nacional, afeta à direção e que resultou de um grupo de trabalho, e uma outra de um conjunto de opositores internos, entre os quais o ex-candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves e o antigo presidente liberal Miguel Ferreira da Silva.

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