Tesouro financia-se em 1000 milhões a quatro meses por 3,55%
O leilão de dívida realizado esta quarta-feira pelo IGCP, com a reabertura de uma linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 22 de novembro, contou com uma procura superior ao dobro da oferta.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realizou esta quarta-feira o primeiro leilão de dívida do terceiro trimestre, que resultou na emissão de 1.000 milhões de euros a quatro meses.
O Tesouro tinha como montante indicativo para esta operação a emissão entre 1.000 milhões de 1.250 milhões de euros, ficando assim no limite inferior à banda definida pelo IGCP.
A operação foi realizada através da reabertura da linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 22 de novembro deste ano e foi concluída com uma procura 2,07 vezes acima da oferta e com uma yield de 3,552%.
“A curva de taxas de juro ainda se apresenta invertida, o que significa que o curto prazo apresenta taxas mais altas que o longo prazo”, refere Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.
O Estado não realizou qualquer leilão de dívida a quatro meses desde pelo menos 2022. No entanto, tomando como referência o último leilão a três meses realizado, que teve lugar a 19 de junho, a procura superou em 1,7 vezes a oferta e resultou na emissão de 850 milhões de euros a uma taxa média de 3,646%.
Filipe Silva considera que a yield mais baixa obtida no leilão desta quarta-feira face à operação de junho deve-se ao facto de as expectativas de novos cortes de taxas de juro para o final do ano ter aumentado nas últimas semanas, “fator que levou a que o prémio de risco nacional descesse.”
A próxima operação de emissão de dívida do Tesouro está agendada para 18 de setembro, segundo o Programa de Financiamento da República Portuguesa para o terceiro trimestre deste ano.
Esta operação será realizada através da realização de dois leilões de Bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses num montante indicativo entre 750 milhões de 1.000 milhões de euros.
(Notícia atualiza às 11:06 com comentários de Filipe Silva)
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