Exclusivo Critical Software fecha escritórios em Tomar e Vila Real

Os cerca de 60 trabalhadores passam a prestar serviços, dois dias por semana, nos escritórios de Coimbra, de Viseu ou Porto. A Critical procura ainda coworks locais e um novo espaço para Viseu.

A Critical Software vai fechar os dois escritórios da empresa em Tomar e Vila Real, com os cerca de 60 trabalhadores da empresa a passarem a prestar os dois dias por semana de trabalho presencial nos escritórios de Coimbra, de Viseu ou Porto, ou em espaços de cowork locais. Em Viseu, a empresa está à procura de um novo espaço com capacidade para 200 pessoas.

“Há cerca de cinco, seis anos decidimos como empresa ter um impacto e dinamizar a economia do interior do país e abrir aí escritórios. Abrimos em Vila Real, Tomar e Viseu, com cerca de 20 pessoas em cada um dos espaços. Só não avançamos para Évora, para grande pena minha, porque não tínhamos as pessoas suficientes”, lembra João Carreira, cofundador e CEO da empresa. “Se houve casos em que o escritório cresceu, como é o caso de Viseu – começou com 20 pessoas e já são cerca de 100 –outros casos, como Tomar e Vila Real, estagnaram e vamos encerrar esses espaços”, avança o gestor ao ECO.

Os cerca de 60 trabalhadores ligados a estes dois escritórios passam assim a prestar serviço nos escritórios da empresa mais próximos das atuais localizações, nos dois dias em que a empresa tem definido como de trabalho presencial no seu atual modelo de trabalho híbrido. Ou seja, os de Tomar irão para Coimbra e, no caso de Vila Real, podem optar pelo escritório de Viseu ou do Porto.

Se houve casos em que o escritório cresceu, como é o caso de Viseu — começou com 20 pessoas e já são cerca de 100 — outros casos, como Tomar e Vila Real, estagnaram e vamos encerrar esses espaços.

João Carreira

Cofundador e CEO da Critical Software

A empresa está ainda a procurar soluções de cowork para esses trabalhadores. “Estamos ainda a tentar assegurar com coworks locais para que, um desses dias de trabalho presencial, possa ser em espaço de cowork“, diz. “Em Tomar, já temos um acordo, em Vila Real ainda estamos à procura”, diz.

Para os trabalhadores impactados com esta decisão, e que agora terão de deslocar-se para espaços de escritórios em outras localizações, a empresa vai pagar “um valor mensal para transportes”, afirma o cofundador, preferindo não adiantar valores.

Em Viseu – onde já trabalham 100 pessoas – “estamos à procura de um espaço maior, com capacidade para 200 pessoas”.

Três dias de trabalho no escritório para as lideranças

A decisão de encerrar os dois espaços em Tomar e Vila Real surge na mesma altura em que a empresa decidiu clarificar as regras do modelo híbrido praticado na Critical Software. Os cerca de 1.500 trabalhadores devem “no mínimo” ir ao escritório dois dias por semana.

Para as equipas de liderança e de suporte -– como marketing, people, finance, suporte IT, facility management, por exemplo –, a recomendação era de três dias. “Passado um ano olhamos para as estatísticas e decidimos clarificar”, diz João Carreira. Para estes profissionais – “cerca de uma centena” de pessoas – o número mínimo de idas ao escritório é mesmo três.

“Desde há um ano, a maioria das pessoas vinha três dias, mas por uma questão de funcionamento e justiça para todos, não pode ser virem uns e outros não”, diz. Por isso, “agora dizemos que não só esperamos que venham, como o número mínimo é três dias por semana”.

“Somos uma empresa de serviços, a nossa base é a equipa” e há que trabalhar em “proximidade”, garantindo que a cultura da empresa se mantém sólida, justifica o gestor.

“O que dissemos é que as regras são para serem respeitadas por uma questão de justiça e quem não cumpre sabe que há consequências“, como eventuais avaliações de desempenho mais baixas que, por sua vez, poderão refletir-se em não aumentos salariais aquando da sua revisão ou, em caso de maiores casos de incumprimento, resultar em despedimento, refere quando questionado sobre eventuais medidas, caso as regras não sejam respeitadas.

“O objetivo é que seja claro que as regras têm de ser cumpridas.” Com cerca de 1.500 trabalhadores, a Critical Software tem escritórios em Lisboa, Coimbra, Porto e Viseu, bem como nos EUA, Reino Unido e Alemanha. Cerca de 90% do negócio da empresa, que trabalha com clientes como a Airbus ou BMW, vem do mercado externo.

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