Portugal é o 5º país da zona euro com mais cidadãos extra-UE sobrequalificados

Taxa de sobrequalificação de trabalhadores extracomunitários em Portugal ronda os 50%, colocando Portugal entre os países da moeda única com percentagem mais elevada.

Portugal está no ‘top 5’ dos países da zona euro com maior percentagem de cidadãos extracomunitários com qualificações a mais para o emprego que exercem, enquanto a taxa de nacionais sobrequalificados se fixa nos 14,9%, revelam dados do Eurostat publicados esta sexta-feira.

Os dados do organismo de estatística europeu colocam Portugal com uma taxa de trabalhadores extracomunitários sobrequalificados ligeiramente inferior a 50% em 2023, enquanto a percentagem de nacionais com qualificações a mais para o emprego que têm se encontra-se no extremo oposto, sendo das mais reduzidas entre os países da moeda única e abaixo da média europeia (20,8%).

Fonte: Eurostat

 

Em 2023, os cidadãos empregados de países terceiros na União Europeia (UE) tinham quase duas vezes mais probabilidades de serem sobrequalificados do que os nacionais para o trabalho que desempenhavam. Os dados do Eurostat indicam que a taxa de sobrequalificação foi de 39,4% para cidadãos de países terceiros (um ponto percentual inferior à de 2022) e de 31,3% para cidadãos de outros países da UE (menos três pontos percentuais).

Em contrapartida, a taxa de sobrequalificação dos nacionais da média europeia situou-se em 20,8%, menos três pontos percentuais (pp.) do que no ano anterior.

Entre os países da zona euro, em 2023, a percentagem mais elevada de cidadãos extracomunitários sobrequalificados foi registada na Grécia (69,6%), Itália (64,1%) e Espanha (56,0%), seguindo-se Malta (cerca de 50%) e Portugal (ligeiramente abaixo de 50%).

Considerando os trabalhadores intra-UE as taxas mais elevadas foram registadas em Itália (45,1%), seguida de Chipre (43,1%) e Espanha (42,3%), não sendo apresentados estes dados para Portugal.

Entre os trabalhadores da UE, o sexo feminino regista taxas de sobrequalificação mais elevadas do que o masculino. Em 2023, a taxa de sobrequalificação entre os cidadãos do sexo feminino não pertencentes à UE foi 6,7 pontos percentuais superior à taxa dos cidadãos do sexo masculino não pertencentes à UE, enquanto para países comunitários foi 3,2 pontos percentuais superior. Para a média da UE de nacionais, a taxa para as mulheres foi 1,2 pp. superior à dos homens.

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