Economia portuguesa quase estagna no segundo trimestre
PIB cresceu apenas 0,1% no segundo trimestre face ao trimestre anterior, com desaceleração do consumo privado e variação nula das exportações de bens e serviços.
A economia portuguesa cresceu 1,5% em termos homólogo no segundo trimestre, uma taxa idêntica à registada no primeiro trimestre, mas praticamente estagnou quando comparado com os primeiros três meses, ao avançar apenas 0,1%, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Após uma taxa de crescimento homóloga de 1,5% e de 0,8% em cadeia no arranque do ano, e que se fixou acima das estimativas iniciais, já era esperada uma desaceleração do crescimento no segundo trimestre. Ainda assim, o desempenho ficou abaixo do previsto pelos economistas, que apontavam para um intervalo entre 1,7% e 2,2% e entre 0,3% e 0,8%, respetivamente.
A desaceleração do crescimento no segundo trimestre face ao primeiro trimestre resulta sobretudo do contributo da procura externa ter passado a negativo, refletindo uma variação nula das exportações de bens e serviços, não compensando o contributo da procura interna ter passado a positivo, devido ao crescimento do investimento, apesar da desaceleração do consumo privado.
Na comparação face ao mesmo período do ano passado, o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou no segundo trimestre, verificando-se uma aceleração do investimento e do consumo privado. O INE indica ainda que o contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi negativo, “após ter sido positivo nos dois trimestres anteriores, tendo as importações de bens e serviços acelerado de forma mais acentuada que as exportações de bens e serviços”.
As exportações portuguesas de bens cresceram 2,8% e as importações 0,6% no segundo trimestre deste ano, de acordo com a estimativa rápida publicada na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O crescimento quer em termos nominais, quer em relação ao período homólogo, traduz uma inversão na tendência registada desde o ano passado, com quatro trimestres consecutivos de variações negativas tanto nas exportações como nas importações.
(Atualizado às 09h56)
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