Lucros semestrais do Novobanco caem 0,8% para 370,3 milhões de euros

Mark Bourke destaca "sólido resultado líquido" até junho, apesar da constituição, no segundo trimestre, de 30 milhões de provisões no quadro do "programa estratégico de inovação e simplificação".

O Novobanco reportou esta quinta-feira lucros de 370,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, ligeiramente abaixo (-0,8%) do mesmo período do ano passado. Resultados que o CEO Mark Bourke refere que “refletem uma robusta performance comercial” e “uma consistente criação de capital”.

Os resultados revelam ainda uma subida de 13,5% da margem financeira para 594,9 milhões de euros, beneficiando do ambiente de taxas de juro mais elevadas. Este crescimento, aliado ao aumento de 10,9% das comissões para 161,2 milhões de euros, impulsionou o produto bancário comercial em 13% para 756,1 milhões de euros entre janeiro e junho deste ano.

O banco revela que este aumento das receitas geradas pela cobrança de comissões foi “suportado pelo desempenho do franchising do Novobanco, com uma base de clientes crescente e pela dinâmica na execução de iniciativas para incrementar as receitas, principalmente na gestão das contas serviço e meios de pagamento”.

No entanto, o banco viu-se obrigado a reforçar significativamente as imparidades e provisões, que subiram 56,8% para 87,8 milhões de euros. Este aumento inclui uma provisão de 30 milhões de euros para o “processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação” em curso no banco.

Em comunicado enviado à CMVM, sublinha que “não obstante a constituição, no segundo trimestre, de 30 milhões de euros de provisões para o processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação, o banco continua a apresentar um sólido resultado líquido no período”.

Os números revelados esta quinta-feira destacam ainda um retorno sobre o capital tangível (RoTE) de 17,4% no semestre e uma subida de 176 pontos base desde o início do ano do rácio de capital CET1 para 19,9%, um nível acima dos requisitos regulatórios.

O banco mantém uma posição de liquidez sólida, com um rácio de cobertura de liquidez (LCR) de 198% (que compara com um rácio de 163% em dezembro) e um rácio de financiamento estável líquido (NSFR) de 121% (face a 118% em dezembro do ano passado).

Ao nível da atividade comercial, o Novobanco revela que o crédito a clientes cresceu 1,1% desde o final de 2023 para 28,5 mil milhões de euros, enquanto os depósitos aumentaram 3,5% para 29,1 mil milhões “que resultou principalmente da forte performance do segmento de empresas”, destaca o banco em comunicado.

Além disso, nos resultados do primeiro semestre revelam uma redução de 8,7% dos créditos não produtivos (NPL) para 1.034 milhões de euros, com o rácio líquido de NPL a baixar de 0,7% para 0,5% nos primeiros seis meses do ano “beneficiando da descida do rácio de NPL (jun/24: 4,1% vs. dez/23: 4,4%) e do aumento do nível de cobertura (jun/24: 88,4% vs. dez/23: 84,3%)”, destaca o Novobanco em comunicado.

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