Covirán na corrida às lojas que Auchan tem de vender em Portugal para comprar Minipreço
O grupo francês assumiu o compromisso de se desfazer de algumas lojas em cinco zonas do país devido ao impacto que a aquisição do Minipreço teria nestas localizações.
A espanhola Covirán está interessada na aquisição de algumas lojas que o grupo francês Auchan se comprometeu a vender na sequência da aquisição das lojas Minipreço ao Dia. Em causa está um acordo com a Autoridade da Concorrência, no qual a Auchan assumiu que iria desfazer-se de algumas lojas em cinco zonas identificadas.
Segundo uma notícia avançada pelo Expansión (acesso pago), para obter luz verde da AdC à compra das lojas Minipreço por 155 milhões de euros, um negócio que permitiu ao grupo de origem francesa aumentar o número de lojas em Portugal de 100 para 583 — passa a integrar também um conjunto de 30 gasolineiras, quatro armazéns e uma loja digital –, a Auchan assumiu o compromisso de alienar de algumas das lojas das duas marcas em cinco zonas identificadas como levantando problemas de concorrência.
“O notificante (Auchan) compromete-se a garantir a intermediação do negócio, com vista à celebração de um contrato de franquia entre o atual franquiado Dia ou Auchan e uma insígnia concorrente, no limite, sem exigência de qualquer contrapartida financeira e, em qualquer circunstância, sem ter acesso a informação sensível relativamente aos detalhes das negociações ou dos contratos”, assinala o documento a que o Expansión teve acesso.
A Auchan terá de vender estes ativos a um concorrente aprovado pela AdC e o negócio terá de ser fechado no prazo de seis meses, a contar a partir da aprovação da compra por parte da AdC, que aconteceu em abril. No entanto, este prazo pode ser prolongado em três meses, caso seja comprovada a existência de negociações.
Este negócio vai criar o quarto maior negócio no mercado nacional do retalho alimentar, com uma quota a rondar os 7%. Em conjunto, as duas cadeias colocam-se a par do Intermarché e da cadeia espanhola Mercadona, em termos de vendas, e ficam apenas atrás do Continente, do Pingo Doce e do Lidl.
Contactada pelo jornal espanhol, a Covirán, que contava no final do ano passado com 250 lojas em Portugal e três plataformas (Sintra, Vila do Conde e Algoz), reconheceu que existem alguns pontos de venda que “seriam mais do que interessantes” para a empresa.
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