Apoio à fertilidade: o papel das empresas na sustentabilidade demográfica
Estas medidas que as empresas podem -- e devem -- implementar, não só apoiam os seus colaboradores individualmente, mas contribuem para a sustentabilidade demográfica.
A notícia recente que dá conta que pela primeira vez desde 1960 o número de nados-vivos na União Europeia (UE) caiu abaixo dos quatro milhões, uma das taxas de fertilidade mais baixas do mundo, é um sinal claro do que já é, efetivamente, uma crise de fertilidade na Europa, situação que a todos nos deve preocupar e que exige uma resposta à altura da sua gravidade e urgência.
Trata-se de um problema generalizado, como mostram os dados do Eurostat referentes a 2022: a taxa média de fertilidade não vai além dos 1,46, um valor abaixo do limiar necessário para assegurar a renovação das gerações (2,1), com Portugal a encontrar-se ainda abaixo da média comunitária, com 1,43.
Um cenário que para muitos é já o de uma “bomba-relógio demográfica”, que traduz o progressivo e crescente envelhecimento da população e uma falta de renovação geracional, que torna os países incapazes de garantir a prestação de cuidados aos mais idosos.
São, portanto, precisas respostas para um problema que não é fácil, resultado de uma série de fatores e da combinação dos mesmos: temos por um lado o aspeto laboral, ou seja, uma participação cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, o que leva ao adiar da constituição de uma família; Acrescem as razões económicas, que têm falado mais alto para muitos jovens, com foco nas recentes dificuldades associadas à compra de casa ou aluguer da mesma, e temos ainda aspetos de ordem cultural.
A tudo isto junta-se um outro lado da equação: as questões associadas à fertilidade, as quais são um desafio para a saúde a nível mundial tendo em conta que uma em cada seis pessoas em todo o mundo sofre de problemas de infertilidade. Isto significa que, no conjunto de medidas que importa tomar para dar resposta a esta crise, há que olhar também para estes problemas, para os quais os avanços da medicina têm criado soluções, mas que, segundo a Organização Mundial de Saúde, ao nível da prevenção, diagnóstico e tratamento, são soluções que continuam subfinanciadas e inacessíveis para muitos devido aos elevados custos, ao estigma social e à disponibilidade limitada.
Como já referi, é urgente dar resposta a esta crise e isso deve ser feito por todos enquanto sociedade. E as empresas podem fazer a diferença, ao apoiar os seus colaboradores, não só através da implementação de medidas favoráveis à família, e que podem ir da promoção do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, licenças familiares prolongadas, flexibilidade laboral, apoio aos pais que trabalham, a outro tipo de medidas, menos faladas, mas igualmente essenciais, que incentivem o aumento da taxa de fertilidade através de benefícios como cobertura para tratamentos de fertilidade ou congelamento de gâmetas, aliviando os encargos dos colaboradores que querem aumentar as suas famílias.
A Merck, enquanto líder na área dos tratamentos de fertilidade, conhece muito bem os desafios que os casais enfrentam. Estamos conscientes do fardo psicológico que representa para as pessoas o insucesso
Na área da fertilidade, ao qual se soma o fardo financeiro, tantas vezes incomportável devido à necessidade de acesso a medicamentos e tecnologias de saúde. Um conhecimento que nos levou a agir, através da criação do programa “Benefícios de Fertilidade”, que chega já a 50 mercados onde a Merck opera, sendo um deles Portugal.
Isto significa que os colaboradores que trabalham no nosso país, assim como os seus companheiros, independentemente do estado civil e da sua orientação sexual, podem usufruir de apoios financeiros ao nível da preservação da fertilidade, testes de fertilidade e tratamentos de infertilidade feminina ou masculina, assim como de um conjunto robusto de recursos informativos relacionados com a fertilidade, estando ainda disponível um espaço dedicado a uma rede de apoio de pares.
É seguramente um benefício muito mais que material e individual: é sobretudo social e solidário. Estas medidas que as empresas podem — e devem — implementar, não só apoiam os seus colaboradores individualmente, mas contribuem para a sustentabilidade demográfica a longo prazo. Porque podemos todos ser impactados por este problema, cabendo a todos uma palavra na sua resposta.
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