Aumento salarial de 10% para os médicos da Santa Casa de Lisboa vai custar 400 mil euros
Medida, com efeitos retroativos a 1 de janeiro, vai abranger 71 clínicos. Misericórdia garante que o acordo alcançado com os sindicatos "respeita a sustentabilidade financeira da instituição".
O aumento salarial de 10%, com efeitos retroativos a 1 de janeiro, para os médicos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai custar aos cofres da instituição “mais de 400 mil euros”, este ano, e irá abranger 71 clínicos, revelou ao ECO fonte oficial da Misericórdia. O impacto financeiro “respeita a sustentabilidade financeira da instituição, com a respetiva cabimentação nos orçamentos”, garante a mesma entidade.
O incremento remuneratório alcançado é, na realidade, composto por duas partes, uma das quais já vem do final do ano passado e outra foi alcançada em julho através de um acordo com os sindicatos. “O aumento a registar deste grupo profissional, no âmbito do acordo de empresa agora alcançado, será de 8,5%, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2024, que se acrescenta ao aumento de 52 euros dado a todos os trabalhadores da Santa Casa (exceto funcionários públicos), processado em dezembro de 2023. Desse somatório, resultam os referidos 10%”, clarifica a SCML.
As “novas condições previstas no acordo de empresa irão beneficiar 71 médicos”, indica ainda a instituição. Entre o aumento salarial e “a passagem de 27 médicos assistentes para assistentes graduados, a medida terá um impacto financeiro de mais de 400 mil euros este ano”, estima a Misericórdia de Lisboa.
Tendo em conta a polémica em torno do buraco financeiro de cerca de 25 milhões de euros e que poderia chegar aos 100 milhões relativo às contas de 2023 da entidade, o ECO questionou se esta despesa é acomodável no Orçamento da Santa Casa e a entidade, liderada pelo provedor Paulo Duarte de Sousa, respondeu que “todos os acordos de empresas negociados na SCML respeitam sempre a sustentabilidade financeira da instituição, com a respetiva cabimentação nos orçamentos”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) classificou de “histórico” este aumento salarial, quando assinou, a 26 de julho, o acordo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e em conjunto com o Sindicato dos Médicos da Zona Sul.
As “principais conquistas” passam por um aumento salarial de 10%, com retroativos a 1 de janeiro de 2024, uma medida que “representa um primeiro passo significativo na valorização dos profissionais que têm dedicado anos de serviço à Santa Casa”, afirmaram, na altura, em comunicado.
Em segundo lugar, e em relação à progressão na carreira, o acordo define que “todos os médicos com mais de cinco anos na categoria de assistente, que anteriormente se viam impedidos de progredir para assistente graduado, poderão agora fazê-lo”, acrescenta.
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