Planeamento do inverno no SNS está a ser feito com “seis, sete meses de antecedência”
A ministra da Saúde diz que o inverno "é uma altura muito difícil" para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Governo está a tentar "perceber quais são as escalas que precisam de maior reforço".
A ministra da Saúde assumiu esta quarta-feira que o plano de inverno do Serviço Nacional de Saúde está a ser trabalhado com “seis, sete meses de antecedência” para antecipar os problemas num período que é “sempre de grande pressão” nos serviços.
“O inverno é uma altura muito difícil. Se o verão é um momento de grande pressão, o inverno é um momento de uma pressão muito maior e ainda mais significativa”, disse Ana Paula Martins, adiantando que o Ministério da Saúde, a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a Direção-geral da Saúde e as Unidades Locais de Saúde (ULS) estão a “trabalhar com seis, sete meses de antecedência para preparar o mais cedo possível” e conseguirem “os melhores resultados possíveis” para as populações.
A governante falava aos jornalistas em Tondela, no distrito de Viseu, onde inaugurou obras de requalificação da Unidade de Saúde Familiar (USF) Cândido de Figueiredo, em Canas de Santa Maria e o Polo do Caramulo da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Campo de Besteiros, num investimento de mais de meio milhão de euros.
Ana Paula Martins disse que o objetivo deste trabalho é que se “consigam antecipar todos os problemas que são diferentes ao longo do país, porque o país não é todo igual” e ter “as melhores escalas possíveis de recursos humanos”.
Naturalmente há sempre um nível de incerteza na Saúde, que não nos permite nunca — isso é completamente impossível — garantir que tudo corre 100%.
Questionada sobre a falta de recursos humanos e como é que isso se resolve, a ministra disse que é “exatamente com seis, sete meses de antecedência para perceber quais são as escalas que precisam de maior reforço” e que o tempo é “muito importante” para esse planeamento.
“Naturalmente há sempre um nível de incerteza na Saúde, que não nos permite nunca — isso é completamente impossível — garantir que tudo corre 100%. Agora se não começarmos a trabalhar com antecedência não vai correr de certeza”, disse.
Questionada sobre se as escalas que precisam de maior reforço já estão identificadas, a governante disse que “as ULS estão a fazer esse trabalho, porque esse trabalho é das ULS, dos seus diretores clínicos, dos seus diretores de serviço e dos seus diretores de serviço de urgência”.
A governante reforçou que o inverno, “por natureza, é um período muito difícil” além do verão, porque se juntam “outras situações nomeadamente ao nível das infeções respiratórias que atingem os mais velhos”.
“Daí a campanha de vacinação ser o mais possível antecipada, mas o que quero dizer é que o inverno é sempre um momento de grande pressão sobre os serviços de saúde e que nós, este ano, assim que entrámos, começámos a tratar do plano de inverno”, rematou.
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