Governo espera “recato leal e sincero das negociações” do OE2025 (e afasta negociar referendo à imigração)
Governo quer "recato" nas negociações com os partidos sobre o Orçamento, mas avisa que apenas estarão em cima da mesa matérias orçamentais. Reuniões são retomadas em setembro.
O Governo sinalizou esta quinta-feira que não estará aberto à exigência do Chega para um referendo sobre a imigração como contrapartida para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, não respondeu com um contundente ‘não’ às questões dos jornalistas sobre a proposta do Chega, mas deixou a mensagem nas entrelinhas.
“O Governo está muito empenhado para o recato leal e sincero das negociações com todos, todos os partidos, negociar no Orçamento do Estado sobre matérias do Orçamento“, disse, em conferência de imprensa, após a realização do Conselho de Ministros, em Lisboa.
Esta semana, o presidente do Chega, André Ventura, anunciou que vai exigir ao Governo de Luís Montenegro a realização de um referendo à imigração como condição para viabilizar o Orçamento. Neste sentido, o líder do partido de extrema-direita espera poder contar com o apoio de PSD e CDS, partidos que suportam o Executivo da Aliança Democrática (AD), na aprovação do referendo sobre os limites à entrada de estrangeiros, no Parlamento.
Leitão Amaro salientou que “no Orçamento do Estado vota-se o Orçamento do Estado”, pelo que o Executivo discutirá “com recato com todos os partidos as matérias que constam no OE”.
“O Governo tomou já e continua a tomar medidas para, por um lado, regular de forma humana, por outro realista a imigração. Foram tomadas desde junho, cuja mais conhecida foi o terminar com uma fonte de imigração desregulada e única na Europa, que era o mecanismo de manifestação de interesse”, disse.
O governante explicou que o Executivo “irá no mês de setembro retomar com todos os grupos parlamentares que assim o entendam prosseguir negociações com vista à viabilização do OE” com “boa-fé, leal e respeitadora do processo negocial”.
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