Exclusivo Joaquim Cadete vai ser o próximo presidente da Parpública
Governo já escolheu nova equipa de gestão da entidade que gere as participações do Estado. Diretor do mestrado de Finanças da Católica Lisbon School of Economics sucede a Realinho de Matos.
Joaquim Cadete, diretor do mestrado de Finanças da Católica Lisbon School of Economics, vai ser o novo presidente da Parpública, apurou o ECO junto de fonte governamental, substituindo José Realinho de Matos, cujo afastamento foi conhecido esta quinta-feira.
Mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG e doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto de Ciências Sociais, Joaquim Cadete passou por vários bancos de investimento estrangeiros, como o ABN Amro, o Citigroup Global Markets e a Rockbridge Advisers. Em Portugal, foi administrador financeiro do Banif Banco de Investimento, entre 2017 e 2018, e administrador não executivo da Euronext Securities Porto.
João Pinhão regressa ao cargo de administrador financeiro da Parpública, que desempenhou entre 2020 e 2023, saindo para ser CFO da Companhia das Lezírias. Da equipa fará ainda parte João Ferreira, líder de excelência operacional de Global Service Delivery da Mercer Portugal, e Cristina Carvalho, jurista da Estamo – Participações Imobiliárias e antiga associada sénior da sociedade de advogados CMS-Rui Pena, Arnaut. Haverá ainda mais uma vogal, cujo processo ainda não está finalizado.
A nova administração deverá tomar posse entre o final de agosto e início de setembro, segundo apurou o ECO junto da mesma fonte. Contactado, o Ministério das Finanças não quis fazer qualquer comentário. Será também no final do mês, a 30 de agosto, que será realizada a assembleia geral para aprovação das contas da Parpública.
O Governo decidiu afastar a administração da Parpública, tendo transmitido a decisão à administração cessante, liderada por José Realinho de Matos, na quinta-feira.
Fontes governamentais explicaram ao Jornal de Negócios que a gestão da Parpública “não teve uma postura preventiva na sua atuação”, mas antes “uma ação reativa”, colocando o Estado com pouca margem para tomar decisões.
O caso mais recente diz respeito à Inapa, que pediu insolvência no final de julho, com a administração a apontar responsabilidades à liderança da Parpública, o maior acionista, acusando-a de protagonizar uma “destruição de valor massiva facilmente evitável”.
A situação da empresa de distribuição de papel causou desconforto também nas Finanças, que souberam pela comunicação social do risco eminente de deixar de cumprir as suas obrigações com os credores, que levou à suspensão das ações em bolsa. Cerca de um mês antes, a administração da entidade gestora das participações do Estado já tinha conhecimento da necessidade de um financiamento com vista à reestruturação da empresa, como noticiou o ECO.
José Realinho de Matos e os administradores Elisa Cardoso e João Marcelo foram nomeados pelo anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, com efeitos a 6 de novembro de 2023. Já o vice-presidente Marco Neves assumiu funções a 1 de dezembro. Da anterior administração tinham transitado José Azevedo Rodrigues e Maria João Pessoa de Araújo.
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