Afinal, passe ferroviário não é “para todos os comboios urbanos”. Áreas metropolitanas de Lisboa e Porto excluídas
Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas esclarece que os comboios urbanos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto não serão abrangidos pela novo passe ferroviário.
O novo passe ferroviário anunciado pelo primeiro-ministro, afinal, não vai abranger “todos os comboios urbanos” tal como sugerido por Luís Montenegro. Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) confirma ao ECO que a revisão deste passe ferroviário vai deixar de fora os comboios urbanos da Área Metropolitana de Lisboa e do Porto (AML e AMP), uma vez que estes utentes já beneficiam do passe intermodal.
“O passe ferroviário não se destina a deslocações dentro das Áreas Metropolitanas, onde existem títulos intermodais, que asseguram a mobilidade a todos os meios de transporte público coletivo disponíveis, a baixo custo”, informa ao ECO fonte oficial do gabinete de Miguel Pinto Luz.
Assim, os utentes que paguem o passe mensal combinado de 30 euros (Navegante Municipal) ou de 40 euros (Navegante Metropolitano) para as deslocações dentro da AML e AMP não poderão beneficiar do novo passe ferroviário, que passará a ter um custo de 20 euros por mês, dado que estas duas zonas não serão abrangidas pela nova modalidade. Até porque, este novo passe ferroviário não permitirá acumular viagens de metro e de autocarro, ao contrário do passe intermodal, tal como já tinha avançado o Jornal de Notícias.
“Os passes intermodais permitem que os utentes possam deslocar-se nas respetivas áreas metropolitanas em vários transportes, nomeadamente em empresas privadas. Nesse sentido, o passe ferroviário aplica-se aos comboios da CP, em todo o país, exceto no Alfa Pendular e nos passes intermodais”, explica fonte oficial do MIH.
“Nós vamos decidir a criação de um passe ferroviário que tem um custo de 20 euros mensais e dará a possibilidade de acesso, durante um mês, a todos os comboios urbanos, a todos os comboios regionais, a todos os comboios inter-regionais e também à rede do intercidades“, anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a 14 de agosto, na festa do Pontal. “Não é uma benesse. É um investimento nas pessoas, no ambiente, no futuro”, acrescentou o chefe do Governo.
As informações sobre este novo passe ferroviário são escassas, para já, mas deverão ser conhecidas “em breve” quando o Governo apresentar “um pacote de medidas sobre mobilidade” que está, neste momento, “em preparação”.
Do pouco que se sabe, é que quando entrar em vigor (não se sabe se será já este ano), esta medida revogará o passe ferroviário de 49 euros, que passa a ser de 20 euros, e abrangerá, além dos comboios regionais, os comboios inter-regionais, urbanos e intercidades, com exceção do Alfa Pendular. O serviço será “alargado a algumas zonas atualmente não abrangidas pelos passes intermodais”, mas ao ECO, fonte oficial do MIH não avançou mais detalhes. Atualmente, o passe ferroviário nacional conta com cerca de 13 mil passageiros.
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