Lucro da Mota-Engil dispara 65% para 49 milhões no semestre com faturação recorde
Empresa liderada por Carlos Mota Santos registou um volume de negócios "robusto" com uma subida de 7% para 2.732 milhões, um novo recorde. Carteira de encomendas cresceu 3,3 mil milhões em seis meses.
O lucro líquido da Mota-Engil EGL 0,00% disparou 65% em termos homólogos para 49 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, impulsionado por um novo recorde na faturação, informou a empresa esta quarta-feira, adiantando que a carteira de encomendas também atingiu um novo máximo.
“Níveis recorde de faturação e EBITDA reforçam a capacidade de concretização dos objetivos estabelecidos para 2024, tendo o grupo assegurado já em carteira 64% da faturação para 2026″, sublinhou a empresa liderada por Carlos Mota Santos, em comunicado divulgado no site da CMVM.
O resultado líquido atribuível ao grupo reflete uma margem líquida de 2%, explicou, adiantando que o volume de negócios foi robusto com uma subida homóloga de 7% para 2.732 milhões, “não obstante a performance muito positiva do período anterior, fomentado pela atividade de Engenharia & Construção (E&C), em consonância com os objetivos estratégicos para 2026”.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 12% para 396 milhões de euros, atingindo igualmente uma melhor rendibilidade, de 15% face aos 14% no mesmo período do ano passado.
A Mota-Engil explicou que os resultados financeiros, negativos em 73 milhões de euros, ainda refletem o recente contexto de curvas de taxas de juro altas que se mantiveram até meados de 2024 e o mix de taxas de juro de várias moedas locais em diferentes países.
Carteira cresce 3,3 mil milhões em seis meses
A carteira de encomendas continuou a aumentar, com um montante de novos contratos de 3,3 mil milhões no primeiro semestre, “maioritariamente suportada por grandes contratos seletivamente alinhados com a estratégia de rendibilidade e geração de caixa”, referiu a empresa. A carteira somava em junho 13,72 mil milhões, um novo recorde.
Adiantou ainda que desde junho assinou grandes projetos, não incluídos nesse montante, no valor de 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,3 mil milhões de euros).
O investimento desacelerou no primeiro semestre de 2024 para 309 milhões de euros face aos 326 milhões do período homólogo, devido ao estágio final dos trabalhos relativos ao trem Maya no México.
“Investimento de crescimento e afeto a contratos de longo prazo representa 80% do investimento total, estando principalmente relacionado com os equipamentos alocados aos contratos de Engenharia Industrial / Mineração adjudicados no final de 2023”, sublinhou.
A dívida líquida atingiu os 1.268 milhões de euros no final de junho, menos 91 milhões do que um ano antes, com um rácio dívida líquida/EBITDA de 1,44 vezes. A Mota-Engil salientou que tem uma posição de liquidez superior ao montante total das responsabilidades não renováveis exigíveis nos próximos três anos, com 374 milhões de euros já refinanciados e uma maturidade média da dívida bruta de 2,5 anos.
Segundo troço da alta velocidade é “oportunidade relevante”
A empresa liderada por Carlos Mota Santos salientou que tem projetos de infraestruturas de grande dimensão a serem desenvolvidos em Portugal.
Adiantou que o volume de negócios da Europa E&C aumentou 2% para 297 milhões, com Portugal a representar 73% e com a Polónia a ser ainda consolidada no período. O EBITDA aumentou 46% para 22 milhões com uma margem de 7%, acima dos 5% no primeiro semestre de 2023.
A empresa recordou que está a concorrer para o primeiro troço (Porto-Oiã) da linha de alta velocidade e confirmou que também irá concorrer ao segundo troço (Oiã-Soure) no montante de 1,6 mil milhões de euros, o que representa uma oportunidade relevante para o consórcio português liderado pela Mota-Engil.
Concluiu que o Plano de Recuperação e Resiliência em Portugal (a ser executado até 2026 e outros programas de financiamento europeus tal como o Connect Europe Facility CEF, “serão um suporte relevante no desenvolvimento de projetos de infraestruturas nos próximos anos”.
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