Governo quer acelerar venda da TAP
O CEO da Lufthansa vai reunir esta segunda-feira com os ministros das Finanças e das Infraestruturas. Governo quer acelerar processo e operação de privatização deverá avançar ainda em 2024.
Os ministros das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, vão receber esta manhã de segunda-feira o presidente executivo da Lufthansa, Carsten Spohr. O gestor alemão vai comunicar formalmente ao Governo português o interesse em comprar 19,9% da TAP no âmbito da reprivatização da companhia, revelou este domingo o jornal italiano Corriere Della Sera (acesso livre). O Governo quer acelerar a operação e está a trabalhar para o lançamento formal do concurso ainda em 2024, revelaram ao ECO duas fontes conhecedoras do processo.
Segundo o jornal italiano, a Lufthansa prepara-se para comunicar ao Governo a disponibilidade para comprar 19,9% da TAP, numa lógica de consolidação do setor da aviação europeia. A companhia alemã fechou no dia 3 de julho um acordo para comprar 41% da ITA (antiga Alitalia), depois da autorização da Comissão Europeia, com remédios impostos para garantir a concorrência. E agora vira-se para a TAP, mas não estará sozinha.
Este encontro, a pedido do CEO alemão, não servirá para “negociar” a TAP, nem poderia, confirma ao ECO uma fonte conhecedora da operação. É, antes, uma manifestação formal de interesse, num processo que nunca parou, mas vai agora acelerar, para aproveitar os bons ventos do setor. A Parpública, empresa que detém o capital da TAP, ainda não fechou, sequer, a contratação de um assessor financeiro para avançar com o processo, e não terá sequer um mandato para a operação. De qualquer forma, o Governo tem a convicção de que beneficiaria com o avanço da operação ainda em 2024, aproveitando o ambiente que é ainda favorável do setor internacional, mas a conclusão do negócio passará sempre para 2025.
De acordo com o jornal italiano, uma participação de 19,9% da TAP poderá valer entre 180 e 200 milhões de euros, mas a Lufthansa vai ter a concorrência de operadores como o grupo IAG, que detém a BA e a Ibéria, e a Air France.
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