Custos de construção aumentam 3,6% em julho. Mão-de-obra com maior subida desde janeiro de 2023
A subida dos custos de construção de casas novas é pressionada, sobretudo, pelo aumento de 9,1% dos custos com a mão-de-obra. Em sentido oposto, o preço dos materiais voltou a cair.
Os custos de construção de habitação nova terão aumentado 3,6% em julho face ao mesmo mês de 2023, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida do indicador, num valor igual ao observado em junho, é influenciada sobretudo pelo aumento do custo da mão-de-obra, o maior desde janeiro do ano passado.
De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo gabinete estatístico, o custo da mão-de-obra teve uma subida homóloga de 9,1%, mais 0,9 pontos percentuais do que em junho. Já o preço dos materiais caiu 0,5% em julho, uma trajetória de queda iniciada em abril do ano passado e que só foi interrompida no mês anterior, em que registou uma variação nula.
O custo da mão-de-obra contribuiu com 3,9 pontos percentuais (3,6 pontos percentuais no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova e os materiais com -0,3 pontos percentuais (0,0 pontos percentuais em junho), detalha o INE.
Variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova:
Os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização foram os que mais contribuíram negativamente para a variação agregada do preço, ao registarem descidas de cerca de 20% no mês em análise, seguidos dos vidros e espelhos, com uma redução de cerca de 10%.
Em sentido inverso, o Instituto Nacional de Estatística destaca os artigos sanitários, com uma subida de cerca de 10%, e o fio de cobre nu e revestido e os betumes, com crescimentos homólogos “próximos de 10%”.
No que diz respeito à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do índice foi de 0,1% em julho, semelhante à do mês anterior, tendo o custo dos materiais descido 0,2% e o da mão-de-obra subido 0,5%.
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