Clima económico cai em julho com menor confiança na indústria e construção

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Julho 2024

Em sentido inverso, o indicador de confiança dos consumidores aumentou em julho, superando pela primeira vez o valor registado em fevereiro de 2022, antes da invasão russa da Ucrânia.

Depois de registar um aumento em maio, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, manteve em julho a tendência de queda já observada no mês anterior. Os indicadores de confiança na indústria transformadora e na construção agravaram-se, mas melhoraram nos serviços, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Evolução do indicador de clima económico

Fonte: INE

De acordo com os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” de julho, a confiança na indústria transformadora baixou em julho, após ter aumentado em maio e junho, traduzindo o contributo negativo das opiniões sobre a evolução da procura global e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, enquanto as perspetivas de produção contribuíram positivamente.

Verificou-se uma tendência idêntica no indicador de confiança da construção e obras públicas, que diminuiu em julho, depois do aumento registado no segundo trimestre do ano. No período em análise, observou-se um contributo negativo das apreciações sobre a carteira de encomendas e das perspetivas de emprego.

No setor do comércio, o gabinete estatístico dá conta de um aumento do respetivo indicador de confiança em julho, após ter diminuído no mês anterior, traduzindo o contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de stocks. As perspetivas de atividade da empresa, por sua vez, contribuíram negativamente.

A confiança cresceu no comércio por grosso e diminuiu “tenuamente” no comércio a retalho, ainda segundo o INE.

Quanto aos serviços, viram o indicador de confiança aumentar no mês em análise, depois de ter diminuído nos últimos três meses, uma evolução que resulta do contributo positivo de todas as componentes: perspetivas relativas à evolução da procura, apreciações sobre a atividade da empresa, e opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, “mais expressivo no primeiro caso”.

Já o indicador de confiança dos consumidores continuou a trajetória de crescimento em julho, tendo superado “pela primeira vez” o valor registado em fevereiro de 2022, indica também o INE, que atribui esta evolução ao “contributo positivo de todas as componentes”, designadamente nas perspetivas de evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar.

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