Clima económico volta a aumentar à boleia dos serviços. Indústria e construção perdem “confiança”
Indicador de investimento diminuiu, em termos homólogos, em fevereiro, e o indicador de consumo privado acelerado. Indicador de consumo privado acelerou em fevereiro após ter desacelerado em janeiro.
O indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou em março depois da redução verificada no mês anterior. Os indicadores de confiança na indústria e construção agravaram-se, mas melhoraram substancialmente nos serviços, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a “Síntese Económica de Conjuntura” do INE, o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, aumentou em fevereiro, em termos homólogos, pelo sexto mês consecutivo. O indicador de consumo privado acelerou em fevereiro após ter desacelerado em janeiro e o indicador de investimento diminuiu em termos homólogos, em fevereiro, interrompendo as taxas de variação positivas observado desde abril de 2023.
Indicadores de síntese económica
“Em fevereiro, todas as componentes apresentaram um contributo negativo, o que contrasta com o contributo positivo no mês anterior verificado nas componentes de construção e de máquinas e equipamentos, significativo no primeiro caso, tendo a componente de material de transporte registado um contributo nulo”, explica o INE.
E os indicadores avançados já disponíveis referentes a março não apontam para boas notícias. “As vendas de cimento produzido em território nacional (não ajustadas de efeitos de sazonalidade e de dias úteis), já disponíveis para março, diminuíram significativamente em termos homólogos, após os aumentos dos dois meses anteriores (taxas de +23,6%, +4,0% e -15,1% entre janeiro e março)”, avança o INE. Num momento em que está no terreno a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com múltiplas obras públicas, seja ao nível de construção de habitações, centros de saúde, etc.
Ainda assim, o índice de produção na construção acelerou para uma variação homóloga de 4,4% em fevereiro, uma melhoria pelo segundo mês consecutivo.
Já as vendas de veículos ligeiros comerciais registaram um crescimento homólogo semelhante ao verificado no mês anterior (taxas de 8,1%, 17,1% e 17,0% nos últimos três meses), enquanto as vendas de veículos pesados diminuíram em termos homólogos, após oito meses de crescimentos significativos (taxas de +15,2%, +38,8% e -12,8% nos últimos três meses).
O índice de produção na indústria acelerou para uma variação homóloga de 1% em fevereiro, naquele é que é o terceiro mês consecutivo de recuperação, passando para terreno positivo pela primeira vez desde fevereiro de 2023.
Mas, o indicador de confiança da indústria transformadora agravou-se em março, em termos homólogos, passando de -5,5% em fevereiro para 6,5% em março. Apesar da carteira de encomendas externas ter melhorado em março, passou de -16,3% para -15,9%.
O indicador quantitativo de consumo privado acelerou em fevereiro, após ter desacelerado em janeiro, enquanto o indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e março, após ter diminuído nos quatro meses anteriores.
(Notícia atualizada com mais informação)
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