Dona da Milaneza já manda a 100% na maior fabricante checa de massas
Detida por Carlos Moreira da Silva e pela família Silva Domingues, empresa da Maia completa aquisição da Europasta, que lidera na Chéquia e tem uma das maiores fábricas de massas do centro da Europa.
A Cerealis anunciou esta sexta-feira um acordo para a compra da totalidade do capital da gigante Europasta, fabricante de massas alimentícias da Chéquia, sublinhando que “a transação seguirá agora o processo de formalização de compra de ações que deverá ser concretizado” ainda em setembro.
Como o ECO noticiou no início deste ano, a empresa da Maia, que é uma das maiores empresas portuguesas do setor agroalimentar, detentora das marcas Milaneza, Nacional ou Napolitana, tinha já assumido o controlo acionista da Europasta ao aumentar a sua participação de 33,33% para 58,33% no capital da empresa checa, com receitas de aproximadamente 70 milhões de euros.
Numa nota enviada às redações, a empresa nortenha, que no verão de 2021 passou para as mãos do empresário Carlos Moreira da Silva e da família Silva Domingues, sublinha que “esta operação dá continuidade à estratégia de consolidação e crescimento inorgânico, aumentando a sua participação num ativo estratégico, já que se trata de uma das principais fábricas de massas do centro da Europa”.
Dedicada exclusivamente à produção de massas alimentícias, a Europasta lidera o mercado na Chéquia e está também presente nas prateleiras de vários retalhistas do Centro da Europa. As operações estão concentradas num único centro de produção, com uma capacidade superior a 100 mil toneladas por ano. E a Cerealis promete avançar com um “importante plano de investimento e modernização”, sem quantificar o valor.
“Esta aquisição, além de consolidar e ir ao encontro à estratégia de crescimento definida, permite ainda melhorar a nossa capacidade de servir clientes presentes em mais do que uma geografia. Vamos ser capazes de escolher o melhor centro de produção para cada ponto de entrega de forma a prestarmos um melhor serviço, aumentarmos a nossa eficiência e minimizarmos as emissões de CO2 na cadeia de abastecimento”, refere o CEO.
A Europasta é um ativo chave no nosso processo de expansão e será também uma base importante para possíveis novas aquisições naquela geografia.
Citado no mesmo comunicado, Pedro Moreira da Silva fala na Europasta como “um ativo chave no processo de expansão” do grupo português, que emprega cerca de 760 pessoas e transforma anualmente mais de 440 mil toneladas de cereais em quatro centros de produção. E, completa, “será também uma base importante para possíveis novas aquisições naquela geografia”.
Foi em 2010, para iniciar o processo de internacionalização e através da compra de uma quota inicial de 25% – nessa altura, a espanhola Pastas Gallo ficou com uma percentagem igual –, que o grupo sediado em Águas Santas (concelho da Maia), que soma atualmente perto de 570 trabalhadores em Portugal, entrou no capital desta congénere do leste europeu. Fundada em 2002, explora as marcas próprias Adriana, Zátkovy, Rosické e Ideál.
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