SIRESP já pagou 6,67 milhões de euros aos acionistas
Assembleia-geral decorreu em janeiro de 2016, ainda as contas de 2015 não estavam aprovadas. Para pagar dividendos, recorreu-se aos resultados transitados.
O SIRESP, sistema que terá falhado no teatro de operações de combate ao incêndio de Pedrógão Grande, pagou 6,67 milhões de euros aos seus acionistas no ano passado.
Ainda as contas de 2015 não estavam aprovadas e já os acionistas do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) se reuniam em assembleia-geral para decidir o pagamento de dividendos, escreve esta segunda-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).
A assembleia-geral decorreu em janeiro de 2016. Foram pagos 6,675 milhões de euros aos acionistas, recorrendo aos resultados transitados que superavam 13 milhões de euros nas contas de 2015. Nesse ano, a empresa SIRESP apurou lucros totais superiores a três milhões de euros, acima dos 749 mil euros registados em 2014. Ainda em 2015, os acionistas meteram 2,78 milhões de euros na empresa, registados no passivo.
De acordo com o jornal, não foi possível apurar se a empresa voltou a pagar dividendos desde então.
Entre os acionistas do SIRESP, constam a Galilei (antes SLN — Sociedade Lusa de Negócios), agora insolvente a pedido da Parvalorem, um dos veículos que o Estado criou para os ativos do BPN. Surge ainda a tecnológica Datacomp — que também faz parte do universo SLN/Galilei e atualmente em Processo Especial de Revitalização (PER) — a PT (agora Altice), a Motorola e a Esegur, escreve o Negócios.
No ECO, o economista Joaquim Miranda Sarmento sublinha que, em 15 anos, os acionistas privados entraram com cerca de 15 milhões de capital e esperavam ter, no caso-base, um retorno acumulado de 45 milhões — que neste momento será superior.
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