Empresa de injeção de plásticos de Valongo constrói fábrica na Sérvia
Nova unidade industrial no Leste da Europa, a primeira da Soplast fora do país, estará concluída em 2026. Marca nova fase na estratégia de internacionalização do grupo nortenho, com 75 trabalhadores.
Depois de ter sido forçada a recomeçar do zero, após um incêndio destruir por completo as instalações da empresa, em outubro de 2016, a Soplast prepara-se para construir uma nova fábrica na Sérvia, a primeira no estrangeiro, dando mais um passo na estratégia de internacionalização. A empresa de injeção de peças plásticas para o setor industrial, nomeadamente para o automóvel, que conta com 75 trabalhadores e uma faturação superior a 9 milhões de euros, prevê concluir em 2026 a construção da nova unidade, que irá empregar 50 pessoas.
“A [nova] unidade industrial ficará concluída no início de 2026 e irá estar preparada não só para a produção de componentes para a indústria automóvel, mas também para outros setores de atividade, tal como já acontece com a Soplast em Portugal”, explica ao ECO Henrique Rézio, diretor-geral da empresa.
A [nova] unidade industrial ficará concluída no início de 2026 e irá estar preparada não só para a produção de componentes para a indústria automóvel, mas também para outros setores de atividade, tal como já acontece com a Soplast em Portugal.
A Soplast passou os últimos anos a recuperar após o incêndio que destruiu por completo as suas instalações, a 3 de outubro de 2016. No espaço de pouco mais de um ano, a empresa especializada na injeção de plásticos, inicialmente localizada em Ermesinde, ergueu uma nova unidade industrial na freguesia de Campo, em Valongo. Com 72% da sua produção destinada à exportação — Espanha, França, Polónia, Roménia são os principais mercados –, dá agora um novo passo na sua estratégia de crescimento.
“Após a tragédia que nos efetuou no final de 2016, quando um incêndio destruiu por completo o que tínhamos construído desde 1980, conseguimos em poucos anos recuperar totalmente a atividade da empresa, solidificar as nossas operações em Portugal com uma fábrica tecnologicamente avançada e o nosso plano estratégico definiu a inovação e a internacionalização, entre outros, como objetivos de curto prazo”, explica Henrique Rézio.
É na sequência do plano de internacionalização da empresa agora sediada em Valongo que surge este investimento, o primeiro no exterior. “Este investimento vem nesse sentido, sendo muito importante e marcante no percurso que temos feito, para conseguirmos abranger geograficamente outros mercados e acompanhar aquelas que têm sido as tendências dos nossos clientes“, refere o diretor-geral da empresa, em resposta ao ECO.
Sem avançar montantes de investimento, referindo que o valor final ainda não está determinado, Henrique Rézio adianta que a empresa prevê contratar uma equipa de 50 pessoas, “quando a unidade industrial estiver plenamente funcional e no ano de cruzeiro”, elevando o número de colaboradores do grupo para 125 funcionários.
Encontrámos na Sérvia a resposta a todos os critérios definidos para este investimento, nomeadamente a posição geográfica e a especialização técnica das equipas, aos quais se somou a excelente comunicação e apoio por parte das entidades públicas locais.
Quanto à escolha da Sérvia para acolher a nova fábrica, Henrique Rézio explica que, “depois de uma análise prolongada dos mercados na Europa de Leste, encontrámos na Sérvia a resposta a todos os critérios definidos para este investimento, nomeadamente a posição geográfica e a especialização técnica das equipas, aos quais se somou a excelente comunicação e apoio por parte das entidades públicas locais para a realização de um investimento estrangeiro com estas características”.
Em relação aos números da atividade em 2024, Henrique Rézio reconhece que “o setor automóvel está efetivamente numa retração, principalmente no continente europeu“. “Face a 2023, no 3º trimestre verificou-se uma redução [do volume de negócios] de sensivelmente 4% e a expectativa para os restantes meses do ano é semelhante”, explica.
O responsável realça, porém, que “estamos habituados aos ciclos típicos da indústria automóvel e o passado mostrou que as empresas que fornecem as cadeias de abastecimento deste setor têm que ser resilientes, reinventando-se constantemente”, antecipando fechar o ano de 2024 com um volume de negócios semelhante ao do ano passado, que se situou em 9,2 milhões de euros.
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