Montenegro está a “gostar muito de estar no Governo”. Executivo “tem pressa, mas não é apressado”

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

"Este é, de facto, um Governo que está a agir a alta velocidade. É um Governo que tem pressa, mas não é apressado", referiu o primeiro-ministro, que está a trabalhar para construir "um Portugal novo".

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que o executivo PSD/CDS-PP está a gostar muito de ser Governo, não pela “realização pessoal, mas pelo bem comum”, dizendo estar a trabalhar para construir “um Portugal novo”.

Luís Montenegro falava na apresentação da adjudicação ao consórcio Lusolav da concessão da primeira de três fases (Porto-Oiâ) da linha ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, e não deixou de se referir ao contexto do dia em que decorreu esta apresentação.

“É de facto reconfortante poder estar aqui depois de cerca de meio ano de exercício de funções, num dia que é um dia importante, é o dia do orçamento, mas até no dia do orçamento há mais vida para além do orçamento, há um contexto de governação transversal”, salientou.

Montenegro recordou que a semana começou com o lançamento do Hospital de Todos os Santos e anunciou que terminará, na sexta-feira, com uma deslocação à zona dos incêndios.

“Terei ocasião amanhã, eu e o Governo, de levar à vida de alguns portugueses a contribuição do Governo da República para a reposição da sua situação antes dos incêndios que vivemos há menos de um mês”, afirmou.

Montenegro defendeu que “este é, de facto, um Governo que está a agir a alta velocidade, é um Governo que tem pressa, mas não é apressado”, dizendo que os políticos existem “para decidir em nome do povo” com a convicção de que as suas decisões têm um reflexo de médio e de longo prazo.

“E nós gostamos muito de ser políticos, gostamos muito de estar no Governo – no bom sentido que isso encerra, não é de realização pessoal, é no bom sentido de decidir a pensar no bem comum – a pensar naquilo que será o país, que será a nossa comunidade a seguir a nós”, afirmou.

O primeiro-ministro reiterou que, “com todas as vicissitudes que rodeiam a governação”, o executivo está satisfeito por “estar a governar o país, mas com um espírito verdadeiramente transformador”.

“Este Portugal é um Portugal novo, este Portugal é um Portugal diferente”, defendeu, repetindo, como tem feito noutras ocasiões, que o futuro do país se constrói “com uma administração pública competitiva que garante os principais serviços públicos”, mas também com as empresas, salientando o acordo de concertação social assinado.

Orçamento “quase encostado” às pretensões do PS

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial alertou esta quinta-feira que o Orçamento do Estado (OE) para 2025 está “quase encostado” às pretensões do PS, sendo um documento que se “aproximou imenso” das reivindicações dos socialistas.

“O orçamento que hoje é apresentado é um orçamento que está quase encostado às pretensões do Partido Socialista, há pouquíssimas diferenças, quase nenhumas e, portanto, o Governo fez o seu dever de aproximar posições, de negociar, fazer cedências”, disse Manuel Castro Almeida.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia inaugural da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que decorrerá até sábado no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, referiu ainda que o Governo tinha a “obrigação” de negociar o orçamento e “foi o que o Governo fez”.

“O Governo cumpriu o seu dever e agora vamos ver como é que a oposição vai votar, aguardamos serenamente pela decisão do parlamento, o parlamento é soberano e vamos esperar pelas posições dos diferentes partidos”, acrescentou.

Em relação ao OE2025 para os territórios de baixa densidade, Manuel Castro Almeida recordou que essas zonas beneficiam “mais do que o resto do país” dos fundos europeus, estando o Governo a preparar legislação para “reforçar ainda mais” o peso da baixa densidade nos fundos europeus.

“Os investimentos que venham a ser feitos em territórios de baixa densidade, nas zonas do interior, vão ser bastante mais financiados do que se o mesmo investimento fosse feito numa zona do litoral, numa região de alta densidade”, disse.

 

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