Bancos preveem aumento da procura de crédito pelas empresas

Após uma estabilidade do volume de crédito no terceiro trimestre, os bancos anteveem um aumento da procura de financiamento bancário pelas empresas no próximo trimestre, particularmente por PME.

O mais recente Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal, revela que as instituições financeiras nacionais mantiveram praticamente inalterados os seus critérios de concessão de crédito no terceiro trimestre de 2024, tanto para empresas como para particulares.

No entanto, embora a procura de empréstimos por parte de empresas tenha permanecido praticamente inalterada no terceiro trimestre, os bancos antecipam um aumento da procura por parte das empresas nos próximos três meses, especialmente no segmento das pequenas e médias empresas (PME) e nos empréstimos de longo prazo.

Os resultados do inquérito revelam ainda que o recurso à geração interna de fundos como fonte de financiamento alternativa contribuiu ligeiramente para diminuir a procura de empréstimos por empresas no último trimestre.

No segmento dos particulares, registou-se um ligeiro aumento da procura de empréstimos para aquisição de habitação. Os bancos apontam “o regime regulamentar e fiscal do mercado da habitação e, em menor grau, a confiança dos consumidores” como fatores que contribuíram para o aumento da procura de empréstimos para a aquisição de casa. Para os próximos três meses, a expectativa é para uma manutenção desta tendência de ligeiro aumento da procura no crédito à habitação.

Quanto ao efeito da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), os bancos reportaram que, nos últimos seis meses, as decisões sobre as taxas de juro oficiais do BCE contribuíram ligeiramente para o aumento da sua rendibilidade global, principalmente através da margem financeira.

No entanto, para os próximos seis meses, a expectativa é de que a política monetária do BCE possa ter um “contributo significativo para a redução da rendibilidade global dos bancos, por via da margem financeira, decorrente sobretudo de um efeito preço negativo e, em muito menor grau, de um efeito volume negativo”, lê-se no relatório.

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