Excedente externo aumenta 73% para 6,9 mil milhões de euros

O forte impulso da capacidade de financiamento da economia nacional até agosto foi potenciado pela diminuição do défice da balança de bens, mas sobretudo pelo aumento do turismo.

A economia nacional demonstrou um forte desempenho nos primeiros oito meses de 2024, com a capacidade de financiamento a atingir os 6,9 mil milhões de euros, cerca de 73% acima dos quatro mil milhões de euros registados em igual período do ano passado, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

Este resultado foi impulsionado principalmente pelo desempenho positivo da balança de bens e serviços. Segundo os números do Banco de Portugal, “até agosto de 2024, o excedente da balança de bens e serviços aumentou 1,8 mil milhões de euros em relação ao mesmo período de 2023”.

O setor do turismo continua a ser um dos principais motores deste crescimento, com as receitas a manterem uma trajetória ascendente. A recuperação do setor após a pandemia tem sido grande, contribuindo significativamente para o saldo positivo da balança de serviços.

Além disso, registou-se também uma melhoria na balança de rendimentos primários, que inclui juros, dividendos e lucros. O Banco de Portugal destaca que “o défice da balança de rendimento primário diminuiu 0,9 mil milhões de euros”, refletindo uma gestão mais eficiente dos fluxos financeiros com o exterior.

Os dados do Banco de Portugal referentes aos fluxos financeiros revelam ainda que “até agosto de 2024, a economia portuguesa investiu 19,5 mil milhões de euros em ativos financeiros externos e obteve 12,3 mil milhões de financiamento junto de não residentes”.

Este aumento de ativos sobre o exterior resultou, “maioritariamente do investimento de bancos e das administrações públicas em títulos de dívida emitidos por não residentes (8.205 e 2.732 milhões de euros, respetivamente), do acréscimo dos empréstimos concedidos por sociedades não financeiras a entidades intragrupo não residentes (2.648 milhões de euros) e do aumento de ativos em numerário e depósitos do banco central (1403 milhões de euros)”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal.

A melhoria da posição externa da economia portuguesa é um sinal positivo para a sua resiliência e competitividade, indicando que o país está a gerar recursos suficientes para cobrir as suas necessidades de investimento e ainda acumular ativos no exterior.

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