CP vende 2.230 passes ferroviários no primeiro dia
O passe custa 20 euros por mês e entrou esta segunda-feira em vigor. Governo garante que a empresa “será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”.
A CP – Comboios de Portugal vendeu 2.230 assinaturas do passe ferroviários verde esta segunda-feira, até às 18h, no primeiro dia em que ficou disponível ao público. Em nota enviada às redação, a empresa pública lembra que este novo passe, com um custo mensal de 20 euros, “veio substituir o antigo passe ferroviário nacional” e abrange serviços regionais, inter-regionais, segunda classe dos intercidades e algumas linhas dos urbanos do Porto e Lisboa.
“O Passe Ferroviário Verde também pode ser adquirido por períodos de 60 ou 90 dias, a um custo de 40€ e 60€, respetivamente”, indica a CP.
Nos urbanos de Lisboa e Porto, o passe será válido apenas nas linhas não abrangidas pelos passes intermodais metropolitanos, respetivamente, o Navegante e o Andante, ambos com um preço de até 40 euros. Ou seja, o novo título de transporte ferroviário inclui a linha Carregado-Azambuja, em Lisboa, e os percursos Vila das Aves-Guimarães, Paredes-Marco de Canaveses, Paramos-Aveiro e Lousado- Braga, no Porto.
No caso do intercidades, a reserva do lugar deve ser feita online, nas bilheteiras e nas novas máquinas automáticas nas 24 horas anteriores à partida, até um máximo de duas viagens diferentes por dia. Fora deste novo passe ficam os serviços do Alfa Pendular, Internacional Celta, primeira classe nos comboios intercidades e inter-regionais e nos urbanos de Lisboa e Porto dentro das áreas metropolitanas.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz reconheceu esta segunda-feira que “vai haver pressão” do lado da procura nesta primeira fase da medida mas garantiu que a operadora “será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”. Os estudos realizados pela CP preveem que a medida abranja quase 30 milhões de passageiros por ano.
No início do mês, o Governo anunciou, após a reunião do Conselho de Ministros, que a empresa vai ser compensada em 18,9 milhões de euros anuais, via contrato de serviço público com o Estado, pela perda de receita que vai ter com a entrada em vigor do Passe Ferroviário Verde. Um valor que, no entender da comissão de trabalhadores, é insuficiente, apesar de, segundo o presidente da CP, ter sido “rigorosamente calculado pelos serviços comerciais e financeiros [da empresa]”.
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