Exclusivo Parpública troca de assessor financeiro na privatização da TAP

A Parpública tinha escolhido o Citigroup como assessor financeiro da privatização da TAP, mas com a mudança de gestão veio também a escolha de um novo assessor: o Bank of America.

A Parpública mudou de ideias sobre o assessor financeiro para a privatização da TAP, processo que começa, finalmente, a avançar. A empresa do universo empresarial do Estado que tem a participação acionista na companhia aérea tinha ‘contratado’ o Citigroup para a definição do modelo de venda, mas, entretanto, com a mudança de gestão na Parpública, também mudou o assessor. Afinal, a Parpública contratou o Bank of America para trabalhar na escolha do modelo de privatização da TAP, apurou o ECO junto de duas fontes conhecedoras do dossiê.

A venda da TAP sempre foi uma das prioridades do Governo. Ainda recentemente, em entrevista à SIC, o primeiro-ministro afirmou que “o ideal é atingir uma privatização total da TAP, desde que asseguremos as rotas estratégicas e o hub em Lisboa. Se não acontecer prefiro manter situação como está”. Questionado por Maria João Avillez, Luís Montenegro revelou que está a acabar uma auscultação de todos os interessados. “É importante não fazermos uma privatização sem saber o que os players de mercado têm como objetivo”. Ora, quem conduz esses contactos do ponto de vista técnico é a Parpública e o assessor financeiro da operação.

Com José Realinho na presidência da Parpública, o escolhido tinha sido o Citigroup, o banco global que mais operações fez com a TAP nos últimos anos. Mas, de acordo com outra fonte, o acordo com o ‘Citi’ estaria acertado com troca de emails, não estava ainda formalmente assinado, quando o Governo mudou a gestão da Parpública. Saiu Realinho e entrou Joaquim Cadete, mestre em Economia Monetária e Financeira pelo ISEG e doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto de Ciências Sociais e passou por vários bancos de investimento estrangeiros, incluindo o próprio Citigroup Global Markets, de onde saiu em 2011, em plena crise financeira.

Este é um primeiro mandato de assessoria à venda da TAP, apurou o ECO, destinado à escolha do modelo de privatização propriamente dito. Neste concurso, de resto, a Parpública introduziu uma novidade nas condições: A escolha dependia de preço (70%) e da competência (30%). Em seguida, haverá outro, aí para a privatização da companhia no mercado, e com um contrato que estará associado ao sucesso ou insucesso da operação.

Joaquim Cadete entrou em funções e uma das primeiras medidas foi mesmo considerar que seria necessário fazer uma nova consulta ao mercado, alegadamente por razões jurídico-formais, à qual concorreram três instituições: O ‘Citi’, o JP Morgan, que também já tinha sido consultado, e o Bank of America, que surge pela primeira vez e acaba por ganhar a operação. Oficialmente, ninguém faz comentários sobre a mudança de assessor financeiro, mas o ECO sabe que os bancos concorrentes já foram informados da sua exclusão.

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