KKR passa a controlar 97,6% da Greenvolt e coloca a empresa na porta de saída da bolsa nacional

Greenvolt prepara adeus à bolsa após a OPA da KKR conferir aos norte-americanos o controlo de 97,6% do capital da empresa nacional. O próximo passo deverá ser o lançamento de uma oferta potestativa.

A saída de bolsa da Greenvolt está para breve. A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) sobre a empresa de energias renováveis chegou ao fim com um desfecho positivo para a KKR, que desde quinta-feira passou a controlar 97,6% dos direitos de voto da Greenvolt, segundo informação divulgada esta sexta-feira pela Euronext Lisboa e pela CMVM.

De acordo com os resultados divulgados esta sexta-feira, a GVK Omega – veículo criado pela KKR para a operação – adquiriu mais de 19,7 milhões de ações através do serviço de centralização de bolsa, correspondentes a 12,08% do capital social da Greenvolt.

Adicionalmente, durante o período da OPA, a KKR e as suas participadas compraram 30,9 milhões de ações (18,93% do capital) em bolsa e fora de bolsa. Estas aquisições incluem as ações obtidas pela Gamma Lux Holdco no dia 21 de outubro, na sequência da liquidação física de um contrato de swap celebrado com o Mediobanca.

Somando estas aquisições às mais de 108,7 milhões de ações (66,63% do capital) que já detinha antes da OPA, o fundo norte-americano passa a controlar cerca de 159,4 milhões de ações da Greenvolt, representativas de 97,64% do capital social e dos direitos de voto.

A contrapartida oferecida foi de 8,3107 euros por ação, o que valoriza a totalidade da Greenvolt em cerca de 1.357 milhões de euros.

Assim, ao passar a controlar mais de 90% dos direitos de voto da Greenvolt, a KKR deverá avançar em breve para um squeeze-out, forçando a venda das ações remanescentes através de uma oferta potestativa por forma a retirar a empresa liderada por Manso Neto de bolsa.

Além disso, como é descrito no prospeto da OPA, a KKR deverá também convocar para breve uma assembleia-geral para propor a perda de qualidade de sociedade aberta da Greenvolt. Isto significa que os acionistas que não venderam na OPA ver-se-ão numa posição minoritária numa empresa não cotada, com menor liquidez para as suas ações.

De acordo com informação que o ECO conseguiu apurar junto de fontes próximas do processo, o private equity norte-americano apenas deverá fazer um comunicado ao mercado a anunciar os próximos passos dentro de alguns dias.

Os títulos da Greenvolt iniciaram a sessão de bolsa desta quinta-feira a cair 1,2% para pouco depois afundarem 5,4% até aos 7,86 euros — o valor mais baixo desde 21 de dezembro do ano passado. Acabaram a sessão a cair 1,4% para os 8,19 euros, que compara com os 8,31 euros com que encerrou na quinta-feira e os 8,3107 euros pagos pela KKR.

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