Quer poupar nos seguros? Saiba 8 dicas
Para evitar que esteja exposto a sinistros que podem pesar na carteira, e pelas previsões pouco animadoras do futuro do sistema de pensões, o ECO seguros reuniu dicas para poupar nos seguros.
Conhece alguém que, após um acidente de carro, descobriu que seguro não lhe cobria as despesas, ou que paga menos por um seguro automóvel semelhante ao seu? Se quer evitar surpresas e poupar nos seguros, este artigo é para si.
Comece por entender as coberturas e condições
Para evitar surpresas desagradáveis – como descobrir que, afinal, vai ter de pagar pelos estragos infligidos ao seu veículo porque não tinha a cobertura contra todos os riscos – informe-se. Até porque a prevenção pode permitir que poupe a médio e longo prazo centenas, senão milhares de euros.
Por isso, antes de assinar um contrato de seguro, leia cuidadosamente as cláusulas contratuais, confirme o que a seguradora espera que faça em caso de sinistro e verifique os prazos que esta tem para regularizá-lo.
Entenda também conceitos como cobertura (o que está protegido pelo seguro), exclusões (sinistros que estão excluídos do seguro, por exemplo, os danos provocados por um sismo só estão cobertos nos multirrisco-habitação ou condomínio se o contrato incluir especificamente a cobertura destes fenómenos) e franquia (valor que fica a cargo do cliente em caso de sinistro, por exemplo, se as despesas de um acidente rodoviário totalizarem 2.000 euros e a viatura estiver coberta por um seguro com franquia de 500 euros, a seguradora deverá indemnizar 1.500 euros).
É ainda importante ter atenção ao prémio (preço do seguro), apólice (documento que formaliza a aceitação do risco por parte da seguradora) e períodos de carência (intervalo de tempo desde o momento em que o contrato de seguro é assinado até que este fica ativo, por exemplo, se um seguro saúde tiver um período de carência de 30 dias, não está abrangido pelas suas coberturas nesse tempo).
Por fim, importa relembrar que o tomador de seguro deve manter uma gestão rigorosa dos seus seguros, assim como confirmar qual é a indemnização que vai receber em caso de sinistro (ou seja, qual é o capital seguro).
Corte nas coberturas que não precisa
Os seguros oferecem várias e diferentes coberturas e algumas delas podem não se alinhar com as necessidades do consumidor. Quando assim for, é importante excluí-las da sua cobertura, o que tende a tirar peso ao valor a pagar.
Outras vezes, retirar coberturas trata-se mais de uma necessidade do que de uma escolha. Uma despesa inesperada pode tornar o prémio um peso necessário de cortar no orçamento familiar. Por isso, verifique com o seu distribuidor de seguros que franquias consegue suportar. À partida, quanto se aumenta a franquia de determinadas coberturas, pode-se negociar o preço.
No entanto, convém não esquecer a proteção dos eventos mais severos. Mesmo que a probabilidade de ocorrerem seja menor face a outros fenómenos, ocorrendo, podem provocar dificuldades no orçamento familiar.
Por isso, organize tudo o que pretende do tipo de seguro que necessita, para excluir coberturas que não lhe interessam e incluir as que considera essenciais. Tire o máximo partido dos seus seguros e dos respetivos serviços complementares. Afinal, são produtos que possui e pode aproveitar e rentabilizar o investimento.
Negoceie o prémio de seguro
Deve conhecer o que pretende e informar-se da melhor oferta disponível no mercado. Depois de escolhido o seguro, na maioria das seguradoras, aderir à documentação digital isenta-o do custo do documento da apólice. A adesão por débito direto ou pagar o prémio de uma só vez costuma ter descontos associados.
Num seguro automóvel com cobertura de danos próprios, pode ter descontos se tiver garagem ou alarme, por isso, notifique a seguradora. Poderá ainda negociar o valor do seguro se não tiver tido sinistros nos últimos anos e algumas seguradoras oferecem descontos pelo bom comportamento durante a condução.
Quanto ao seguros de saúde, a prática regular de desporto e uma dieta saudável podem significar melhores condições no prémio.
No seguro de vida associado ao crédito para a habitação é importante atualizar regulamente a seguradora do capital em dívida, para reduzir o prémio.
Verifique possíveis coberturas duplicadas
Certifique-se que o seu seguro não tem coberturas sobrepostas, o que pode aumentar custos desnecessariamente. Muitos consumidores acabam por pagar mais por coberturas que já estão garantidas noutro produto. Uma boa análise evita essa duplicidade e o custo adicional.
Mantenha as informações precisas e atualizadas
Forneça informações verídicas às seguradoras. Omitir ou distorcer dados pode anular o contrato. Seja transparente para garantir a validade da apólice e a segurança da indemnização em caso de sinistro. Mesmo que a curto prazo a omissão resulte numa menor despesa, em caso de sinistro, pode não ter garantida a indemnização (assim como o montante investido no prémio).
Já no seguro multirriscos do recheio do imóvel, o capital deve corresponder ao valor de substituição em novo, sem qualquer depreciação por uso, desgaste, estado de conservação ou antiguidade, de todos os bens que constituem o conteúdo a segurar. Deve também atualiza-los consoante a inflação.
Invista na prevenção e proteção completa
Será que compensa poupar agora num seguro que não garante a cobertura total do recheio da casa ou que, em caso de sismo, o imóvel está apenas parcialmente coberto? Depende da sorte. Em caso de desastre, o montante poupado pode não compensar as perdas que terá de suportar.
Um dos desastres que mais afeta as famílias quando ocorre é a incapacidade para trabalhar de um dos membros do agregado familiar, podendo tornar-se um encargo financeiro se tiver descendentes a seu cargo ou dívidas. Os seguros de vida surgem para cobrir este imprevisto. No entanto, não é um seguro obrigatório, antes uma imposição na concessão de crédito à habitação. Por isso, é essencial subscrever à cobertura de Invalidez Definitiva para a Profissão ou Atividade Compatível (IDPAC) que pode ser acionada em algumas seguradoras a partir dos 60% de incapacidade e aplica-se quando o segurado sofre uma doença ou acidente que o impossibilite de trabalhar.
Invista num PPR para uma reforma melhor
Níveis baixos literacia financeira e condições socioeconómicas adversas estão entre os principais fatores que levam os portugueses a ser dos europeus que menos poupam para a reforma. Aliás, segundo os últimos dados divulgados pela Insurance Europe, quase metade não faz poupanças para a velhice. Tendo em conta que as pensões de reforma em Portugal, em 2050, poderão corresponder apenas a 38,5% do último salário, a poupança deve começar mais cedo para não se perder o estilo de vida do tempo laboral na idade da reforma.
Há várias formas e produtos que os portugueses podem escolher na hora de poupar. Entre eles estão os famosos Produtos Poupança Reforma (PRR), um produto financeiro que rentabiliza o dinheiro a longo prazo, tendo por objetivo complementar a reforma, mas também podem ser usados para financiar a educação entre outras situações previstas por lei, segundo o Doutor Finanças.
Antes de avançar com o investimento, deve analisar qual o seu perfil de investidor. Se não quer ou pode arriscar perder parte ou totalmente o montante investido deve apostar em produtos de capital garantido, como Seguros PPR. Por outro lado, se está disposto a correr esse risco os Fundos PPR podem gerar maior rentabilidade ao seu investimento.
Com os Seguros PPR investe junto de uma seguradora que vai aplicar o investimento num fundo autónomo. Por outro lado, os Fundos PPR são geridos por entidades gestoras de fundos de investimento e apresentam vários níveis de risco estando expostos às oscilações de mercado, explica o Doutor Finanças. Se por um lado, expõe o investidor a um maior risco de perda total ou parcial do dinheiro, também pode ganhar um valor superior ao que conseguiria nos seguros PPR.
Independentemente do produto que escolha, há requisitos essenciais: informe-se, compare a oferta e, depois de analisar, e se assim o desejar, invista.
Adote uma gestão cuidadosa dos seguros
Controle rigorosamente os seus seguros e reveja as apólices regularmente. Acompanhe o valor da indemnização a receber em caso de sinistro e mantenha as coberturas e franquias ajustadas à sua situação financeira.
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