Volkswagen admite “necessidade urgente” de corte de custos e decisões “dolorosas”

A fabricante automóvel alemã, que viu os seus lucros afundarem um terço até setembro, está a considerar encerrar três fábricas na Alemanha e eliminar milhares de pessoas, bem como cortar salários.

A Volkswagen admitiu a “necessidade urgente” de reduzir custos e a tomada de “decisões difíceis e dolorosas” para manter-se competitiva, depois de a empresa anunciar uma quebra dos seus lucros de 33% nos primeiros nove meses do ano. A fabricante automóvel, que está a planear o encerramento de três fábricas na Alemanha e o despedimento de milhares de trabalhadores e iniciou uma segunda ronda de negociações com os sindicatos, diz que não pode afastar greves.

“Estou ciente de que os cortes que estão a ser considerados na Volkswagen são severos e que muitos empregados estão preocupados com o seu futuro“, disse Arno Antlitz, acrescentando que “estamos perante decisões difíceis e dolorosas”.

Antlitz explicou que a situação da Volkswagen, que está a ser afetada pela quebra das vendas na China e pela crescente concorrência na Europa, é “séria” e há “uma necessidade urgente de cortes de custos significativos e ganhos de eficiência“.

A Volkswagen pretende implementar um programa de cortes de dez mil milhões de euros, o que vai implicar fechos de fábricas e redução do número de trabalhadores, assim como o corte de salários, medidas que estão a ser negociadas com os sindicatos.

De acordo com Antlitz , apenas a implementação destes cortes poderá permitir à companhia ganhar competitividade. “Temos de intensificar os nossos esforços para permanecer competitivos. E temos de agir agora. Qualquer atraso seria irresponsável“, defendeu.

A Volkswagen poderá economizar 2,5 mil milhões de euros anualmente — ou cerca de 1.900 euros por carro vendido na Europa — com o encerramento de fábricas, de acordo com uma análise realizada pelo analista da Bloomberg Intelligence Michael Dean, numa nota publicada esta semana. As fábricas da Volkswagen situadas em Emden, Hanover e Osnabrück são as mais subutilizadas, com base em dados citados pela agência de notícias.

A Volkswagen admitiu pela primeira vez o fecho de uma fábrica na Alemanha em setembro, tendo entretanto iniciado negociações com os sindicatos no país. Desde então vários responsáveis da gigante alemã têm admitido cortes significativos, que poderão envolver o encerramento de várias unidades fabris na Europa.

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