Faber lança novo fundo até 60 milhões para impulsionar deeptech no Sul da Europa
O fundo será aplicado em projetos na Península Ibérica e no Sul da Europa, com "investimentos pontuais" no resto da Europa e, "ocasionalmente", fora do continente.
A Faber lançou um novo fundo até 60 milhões para investir em deeptech no Sul da Europa. O FaberTechIII, que alcançou um primeiro closing de 31 milhões de euros, tem entre os principais investidores o Fundo Europeu de Investimento (EIF), o NATO InnovationFund e a Caixa Capital.
“Esta é uma estratégia de continuidade que traduz o nosso posicionamento diferenciado e a nossa convicção no potencial de deeptech na Europa. Embora o fundo anterior [o Faber Tech II] tivesse um forte foco em Inteligência Artificial/Machine Learning aplicada, muitas empresas do portefólio já envolvem combinações inovadoras de hardware e software, bem como algoritmos proprietários, computação de alto desempenho, visão computacional, fotónica ou tecnologia espacial”, diz Alexandre Barbosa, managing partner da Faber, ao ECO.
“Este foco especializado em startups de deeptech, fundadas por empreendedores com background científico e a desenvolver ou aplicar tecnologias altamente avançadas e com grande propriedade de IP, é agora reforçado com o novo fundo”, continua.
“Apostamos em investimentos que incluem IA vertical (em saúde, indústria, por exemplo), robótica, biologia e química computacionais, infraestrutura de dados e novos métodos de computação (semicondutores, por exemplo). Para apoiar este tipo de fundadores e empresas, é preciso investir com uma abordagem especializada e a Faber é dos poucos venture capital em seed stage equipadas para isso”, destaca.
O Fundo Europeu de Investimento (EIF), o NATO Innovation Fund e a Caixa Capital estão entre os principais investidores deste novo fundo que arranca com 31 milhões, mas que tem o objetivo de alcançar um montante de até 60 milhões de euros. “Estamos a angariar capital sobretudo na Europa, com um conjunto de processos em curso com institucionais, family offices, fundos de fundos internacionais e nacionais“, diz Alexandre Barbosa.
“Graças ao nosso track record e ao nosso posicionamento especializado e abordagem disciplinada, estamos a ter muito boa recetividade e vemos os próximos meses de reforço do capital com confiança“, reforça.
O fundo será aplicado em projetos na Península Ibérica e no sul da Europa, com “investimentos pontuais” no resto da Europa e, “ocasionalmente”, fora do continente, virando para investimentos em fase pré-seed e seed.
Até ao momento o fundo já investiu três startups. No entanto, a Faber prefere não avançar com os nomes das empresas nem com os montantes envolvidos.
“Os nossos primeiros três investimentos previstos são um reflexo claro desta estratégia, em áreas como chips fotónicos, design de chips analógicos e biologia sintética, em Portugal, Espanha e Países Baixos. Os nomes e os montantes ainda não são públicos e serão anunciados em breve”, diz Alexandre Barbosa, sem mais detalhes.
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