Estado já arrecadou 96% da receita prevista com IRC. Imposto rendeu 7,8 mil milhões de euros até setembro

Cofres do Estado engordam mais 2,1 mil milhões de euros com receita fiscal do IRC face ao executado até agosto. Receita com este imposto deverá superar estimativa do OE2024.

Tem sido o motor do crescimento da receita fiscal nos últimos meses e promete superar as estimativas, impulsionado pelos bons resultados nas empresas. O Estado já encaixou 7,8 mil milhões de euros até setembro com o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), o correspondente a 96% do estimado com este imposto para a totalidade do ano, de acordo com os mais recentes dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO).

A execução orçamental revela que, a três meses do final deste ano, a receita do Estado com IRC fica a 888 milhões de euros de distância do recorde dos 8.685 milhões de euros registados na globalidade de 2023 – que superou a estimativa inicial – e a 350 milhões de euros do previsto para a totalidade de 2024.

O IRC rendeu, assim, aos cofres do Estado até setembro mais 23,5% do que em igual período do ano passado. Os 6,3 mil milhões de euros arrecadados até setembro de 2023 representavam na altura 86,1% do estimado no Orçamento do Estado para 2023. Ou seja, a execução deste imposto por esta altura do ano vai mais avançada face ao período homólogo.

Execução orçamental até setembro

Fonte: DGO

Face a agosto deste ano deu ainda um salto de 2,1 mil milhões de euros, mês no qual registou uma execução acumulada de 69,3% do orçamento inicial.

A receita fiscal total ascendeu a cerca de 45,4 mil milhões de euros até setembro, um aumento de 5,3% face ao período homólogo, e o correspondente a 75,5% do previsto no Orçamento para 2024. Este resultado reflete um encaixe de 21,4 mil milhões de euros com impostos diretos e 24 mil milhões de euros com impostos indiretos.

Nos impostos diretos, o maior contributo nominal continua a chegar através do IRS, tendo rendido cerca de 13,3 mil milhões de euros, registando um aumento de 1,1% quando comparado com igual período do ano passado.

Nos impostos indiretos, destaca-se como habitualmente o Imposto sobre o Valor Acrescentando (IVA), que significou cerca de 17,4 mil milhões de euros para o Estado, um aumento de 1,7% face ao período homólogo e correspondente a 71,2% do estimado para 2024. No entanto, é o Imposto de Selo (IS) que lidera a execução face ao previsto: 80,1%, o correspondente a 1,6 mil milhões de euros.

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