“Uma nova era de incerteza.” Como os jornais estão a reagir à vitória de Trump

  • ECO
  • 14:27

“Um regresso improvável” ou “uma nova era de incerteza” são algumas das frases escritas pelos principais jornais norte-americanos na análise ao regresso de Donald Trump como presidente dos EUA.

“Gostaria de agradecer ao povo americano a extraordinária honra de ter sido eleito o vosso 47.º Presidente”, afirmou Trump no discurso de vitória, esta madrugada, na Florida. No entanto, ao contrário do que se esperava, tendo em conta as sondagens, a vitória de Trump sobre Kamala Harris acabou por não ser renhida. Donald Trump conseguiu a maioria no Colégio Eleitoral e deverá mesmo bater Kamala Harris por uma margem confortável. O Partido Republicano já assegurou a maioria no Senado e deverá manter o controlo da Câmara dos Representantes, assegurando uma vitória total.

A vitória expressiva de Trump nestas eleições americanas está a ser notícia em praticamente todos os jornais no mundo. Nos Estados Unidos, o New York Times escreve que “Donald Trump regressa ao poder, inaugurando uma nova era de incerteza”.

“Donald J. Trump aproveitou a promessa de destruir o status quo americano para ganhar a presidência pela segunda vez nesta quarta-feira, sobrevivendo a uma condenação criminal, acusações, uma bala assassina, acusações de autoritarismo e uma mudança sem precedentes do seu oponente para completar um retorno notável ao poder”, diz o New York Times.

Já o Financial Times descreve a vitória de Donald Trump como “um regresso histórico” à presidência dos Estados Unidos. “Donald Trump derrotou Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA, selando um regresso improvável que deverá lançar a democracia americana, as alianças dos EUA e os mercados globais numa era de convulsão”, escreve o económico.

O Washington Post titula no seu site que “Donald Trump vence a eleição presidencial, derrotando Harris para regressa à Casa Branca”.

“Para Trump e os seus apoiantes, regressar ao poder depois de não conseguir anular a derrota eleitoral de 2020, inspirar um ataque mortal ao Capitólio dos EUA e resistir a dois impeachments, quatro acusações criminais, uma condenação e duas tentativas de assassinato representa uma grande reivindicação da sua causa. As promessas de Trump de exercer autoridade ilimitada alarmaram milhões de outros americanos, incluindo alguns dos seus antigos conselheiros, que alertaram que governaria como um ditador e corresponderia à definição de fascista”, escreve o Washington Post.

“Rei do regresso. Donald Trump vence as eleições”. É assim que a The Economist descreve a vitória de Trump sobre Harris nas Eleições Americanas de 2024.

“A sorte de Kamala Harris diminuiu rapidamente. Poucas horas após o encerramento das primeiras urnas, ficou claro que não estava a conseguir fazer frente a Donald Trump. Parece que Trump conseguiu atrair o apoio dos eleitores urbanos e rurais em níveis notavelmente mais elevados do que na sua disputa contra Biden em 2020”, lê-se na The Economist.

Nos principais jornais chineses, as referências à vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos são praticamente inexistentes. A exceção é o China Daily que escreve um artigo de análise com o título “O que Trump augura para os laços sino-americanos”.

“Não é exagero dizer que nada é mais importante do que a paz e a prosperidade global, para além do óbvio bem-estar do povo americano e chinês, do que relações boas e estáveis ​​entre as duas maiores economias do mundo. Todos ganham quando as relações sino-americanas são boas; todos perdem quando as relações sino-americanas não são estáveis”, escreve o jornal.

Um dos principais jornais de Israel, o Haaretz, escreve que “Netanyahu elogia a “enorme vitória” de Trump como um “poderoso novo compromisso” com a aliança EUA-Israel”.

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