Exclusivo Portuguesa Hoopers levanta 2,1 milhões para ‘encestar’ no México e EUA
A startup que liga fãs, marcas e jogadores de basquetebol tem clientes e parceiros como a NBA, os Cleveland Cavaliers, o NBB (Liga Brasileira de Basquete). Está a recrutar.
A Hoopers fechou uma ronda de 2,1 milhões de euros para expandir a sua plataforma tecnológica, que liga fãs, marcas e jogadores de basquetebol, para o México e reforçar nos Estados Unidos, onde a startup portuguesa já trabalha com a NBA e os Cleveland Cavaliers. Os atletas portugueses Neemias Queta, campeão da NBA pelos Boston Celtics, e Ticha Penicheiro, Hall of Famer da WNBA, são dois dos investidores.
“Já temos alguns clientes nos Estados Unidos e estamos a estudar algumas oportunidades no México. O nosso foco nas operações internacionais continua a ser o Brasil, onde temos uma enorme oportunidade e muito trabalho pela frente. Contudo, já estamos a preparar que uma possível entrada para estes mercados possa acontecer mais cedo do que o estava inicialmente planeado”, começa por adiantar André Costa, CEO da Hoopers, ao ECO.
“Acreditamos muito no potencial do mercado da América Latina e sabemos que os Estados Unidos são o mercado onde nos vamos ter que afirmar num futuro próximo, e, por isso, estamos a criar o case para chegar até lá na melhor posição competitiva possível”, acrescenta, quando questionado sobre os objetivos com esta nova injeção de capital.
Já temos alguns clientes nos Estados Unidos e estamos a estudar algumas oportunidades no México. O nosso foco nas operações internacionais continua a ser o Brasil, onde temos uma enorme oportunidade e muito trabalho pela frente. Contudo, já estamos a preparar que uma possível entrada para estes mercados possa acontecer mais cedo do que o estava inicialmente planeado.
A ronda foi liderada pela Buenavista Equity Partners (ex-GED Ventures), contando com a participação da Portugal Ventures, bem como de diversos business angels.
Os atletas portugueses Neemias Queta e Ticha Penicheiro, campeão da NBA pelos Boston Celtics e Hall of Famer da WNBA, respetivamente, juntam-se ao lote de investidores, mas também Nuno Sanches (Kaltura), Tiago Gonçalves (InnVentures/ InnoWave Technologies), Ricardo Carvalho (Social Innovation Sports) e Eliyahu Velder (ViGEN Tech).
“Vemos um grande potencial na capacidade da empresa de conectar fãs, marcas e jogadores através de tecnologias inovadoras, como a inteligência artificial e web3, que estão a transformar a forma como os fãs interagem e se envolvem com as organizações. A expansão para a América Latina e para os EUA, bem como o fortalecimento da presença digital são passos estratégicos que solidificam a missão da Hoopers de transformar o desporto numa experiência ainda mais acessível, envolvente e personalizada”, refere Joaquim Hierro Lopes, partner da Buenavista Equity Partners.
A sociedade de capital de risco do Banco de Fomento, que tinha investido na Hoopers em 2022 — participou na ronda de meio milhão, com a Sport Horizon Holding, um fundo de investimento europeu especializado na indústria de SportsTech, e vários business angels —, voltou a apostar. “Esta nova ronda representa mais uma etapa no seu crescimento e valida a sua estratégia com base na aposta no setor tecnológico e no reforço da presença em mercados internacionais”, diz Teresa Fiúza, vice-presidente da Portugal Ventures.
Com esta nova injeção de capital — que eleva para mais de 2,6 milhões de euros o montante já levantado no mercado —, a Hoopers quer ainda acelerar o lançamento de novos produtos tecnológicos para servir o mercado desportivo e os seus operadores: clubes, ligas, federações e marcas desportivas.
“Já temos um produto tecnológico focado em fan engagement, que corre em cima da nossa app, desenvolvido para eventos desportivos, focado na experiência dos fãs e na captura de dados, e que apresenta um potencial interessante para transformar o mercado de turismo desportivo à medida que nos transformamos numa plataforma global”, explica André Costa.
“Estamos a preparar o roll-out de novos produtos com recurso a IA e web3, que melhorem as experiências e conexões das pessoas nas suas interações com o basquetebol e que, simultaneamente, ajudem os clubes, ligas, federações e marcas desportivas a conhecerem melhor o seu público“, revela.
Operamos em Portugal e no Brasil, tendo já realizado algum trabalho no mercado espanhol e nos Estados Unidos. Temos clientes e parceiros de referência como a NBA, os Cleveland Cavaliers, o NBB (Liga Brasileira de Basquete), entre outros. Para já, os nossos clientes e utilizadores concentram-se, sobretudo, no mercado português e brasileiro
Depois de começar a dar os primeiros dribles em campo em Portugal em 2019, hoje a Hoopers está também presente em Espanha e Brasil, mercado onde aterrou em junho do ano passado, com dois campos de basquetebol em São Paulo — um no Parque Villa-Lobos, com mais de 12 milhões de visitantes por ano, em parceria com a NBA (liga masculina de basquetebol dos Estados Unidos) e assinatura do artista urbano Neto78; e o segundo no Vale do Anhangabaú, com a WTorre Entretenimento, do grupo de construção WTorre — e integrando ainda o centro de entretenimento e desporto Arena Hub, um dos maiores da América Latina, tal como avançou na época o ECO.
Desde então o perfil da empresa também mudou. “Somos uma empresa diferente daquela que começou há uns anos. Continuamos com a comunidade no coração, mas temos a tecnologia na ponta dos dedos. O nosso foco é o desenvolvimento e licenciamento de tecnologia para conectar fãs, atletas, marcas desportivas, clubes, ligas e federações. Operamos em Portugal e no Brasil, tendo já realizado algum trabalho no mercado espanhol e nos Estados Unidos. Temos clientes e parceiros de referência como a NBA, os Cleveland Cavaliers, o NBB (Liga Brasileira de Basquete), entre outros. Para já, os nossos clientes e utilizadores concentram-se, sobretudo, no mercado português e brasileiro”, adianta o referido responsável.
O mercado externo já pesa nos resultados da startup, mas com a expansão prevista, estima-se que venha a ganhar maior dimensão. “Os mercados internacionais já representam cerca de 20% das nossas receitas atualmente, sendo que o nosso plano é inverter esta tendência já no próximo ano, com os mercados internacionais a contribuírem com mais de 50% das receitas e com tendência crescente nos anos seguintes”, aponta André Costa.
Mas isso não significa que Portugal esteja no banco, à espera de entrar em campo. “Em Portugal, vamos fixar as nossas áreas de tecnologia e produto. Do ponto de vista operacional, vamos explorar oportunidades comerciais ao nível do licenciamento das nossas soluções tecnológicas junto de alguns players do setor e continuaremos a entregar projetos que impactem a comunidade, tal como temos feito até aqui”, assegura o CEO.
Um crescimento que vai passar igualmente pelo reforço da equipa. “Já recrutamos cerca de dez pessoas, como parte do processo de reestruturação da equipa. No Brasil, já temos uma equipa com três pessoas, com perfis experientes vindos do universo das startups, tecnologia e desporto. Ao longo dos próximos meses, iremos continuar a recrutar para posições nas áreas de tecnologia, marketing e vendas, especialmente em Portugal e no Brasil“, diz.
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