A necessidade de formação humanizada em tempos de inteligência artificial
Investir na formação dos colaboradores em áreas como a comunicação, a liderança e a resolução de conflitos pode ser um diferencial competitivo significativo.
Num mundo onde a inteligência artificial (IA) está a transformar rapidamente o panorama empresarial, a formação continua a ser um pilar essencial para o desenvolvimento profissional. À medida que as máquinas se tornam mais capazes de realizar tarefas repetitivas e de análise de dados, a importância das competências humanas e das soft skills nunca foi tão evidente. Para os gestores de empresas e de Recursos Humanos, é crucial entender que a formação deve ir além da mera capacitação técnica e incluir o desenvolvimento das competências interpessoais.
A introdução da IA nas empresas está a gerar um impacto significativo. Segundo um estudo da McKinsey, espera-se que até 2030, a automação e a IA possam substituir até 375 milhões de trabalhadores em todo o mundo. Por outro lado, também se prevê a criação de novas funções que exigem competências que vão além do conhecimento técnico. Assim, a formação torna-se fundamental para preparar os colaboradores para estas novas realidades.
Embora a IA possa realizar tarefas específicas de forma eficiente, as soft skills, como a empatia, a comunicação eficaz e a criatividade, são competências que as máquinas não conseguem replicar.
Um estudo do World Economic Forum aponta que, até 2025, as competências interpessoais estarão entre as mais procuradas pelos empregadores. Em tempos de automatização, estas competências são essenciais para a colaboração eficaz e a inovação dentro das empresas.
Neste contexto, as empresas devem apostar numa formação que seja humanizada e que desenvolva não apenas as competências técnicas, mas também as interpessoais. Investir na formação dos colaboradores em áreas como a comunicação, a liderança e a resolução de conflitos pode ser um diferencial competitivo significativo.
Estudos de caso demonstram que empresas que investem em formação humanizada apresentam melhor desempenho. Por exemplo, a IBM implementou programas que integram a IA com o desenvolvimento de soft skills, resultando em aumentos significativos na satisfação dos colaboradores e na retenção de talentos. Este investimento não apenas melhora a cultura organizacional, mas também contribui para uma força de trabalho mais resiliente e adaptável.
À medida que a IA continua a moldar o futuro do trabalho, a formação humanizada e o desenvolvimento das soft skills devem ser prioridades para gestores e líderes de Recursos Humanos. A capacidade de interagir de forma significativa com colegas e clientes será um diferencial crucial para o sucesso organizacional.
Portanto, a aposta na formação profissional deve ser vista como uma estratégia vital para garantir que as empresas não apenas sobrevivam, mas prosperem na era da inteligência artificial. A formação é, sem dúvida, a chave para o futuro, e os líderes têm um papel essencial na sua promoção e implementação.
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